A SBIM – Sociedade Brasileira de Imunização, soltou uma nota criticando a enquete do CFM sobre a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacina Pfizer em crianças 0-5 anos.
Para a SBIm, saber a opinião dos médicos seria trocar a ciência pela crença, como se médico não estudasse o assunto e fosse mero leigo e apenas eles fossem os iluminados cientistas. Essa tem sido a postura das sociedades médicas: calem-se, só nós sabemos.
A SBIm não declarou conflito de interesse.
A SBIm usou 5 referências: 2 boletins epidemiológicos, 1 lei, a CF 88 e apenas 1 artigo científico, para embasar sua posição dura e de “certeza” da eficácia das vacinas Pfizer em crianças.
Sobre o único artigo, ele é um estudo observacional com diversos vieses que inviabilizam qualquer conclusão. Aliás, por ser observacional, é incapaz de fazer associação causal. Já falei sobre esse artigo em outra postagem.
Além disso, esse artigo não aborda a faixa etária do 0-5 anos, o que por si só já inviabiliza seu uso para justificar a vacinação nessa faixa etária. Parece que a SBIm não lê o que ela usa de referência.
Sobre os dois boletins epidemiológicos, eles mostram que a covid foi muito mais severa em adultos e idosos e muito pouco agressiva em crianças. Mesmo assim, não há prova alguma de que a vacina evitaria os óbitos listados nesses documentos.
Sobre as leis, não dizem nada sobre a eficácia da vacina.
Portanto, a afirmação da SBIm de que a vacina é comprovadamente eficaz carece de qualquer prova documental / científica. As referências usadas pela SBIm não se prestam a essa assertiva, se tratando de mera narrativa imposta pela sociedade.
Qual é, afinal de contas, a dificuldade que esses “templos de sabedoria” tem para uma simples comprovação: a de que a vacina vai impedir a transmissão da covid nas crianças, vai impedir adoecimento, hospitalização ou óbito?
Portanto, a nota da SBIm afirma algo que ela não consegue comprovar.