Um grupo de médicos e psicólogos voluntários, chamado SOS Saúde Rio Grande do Sul, se uniu para oferecer gratuitamente atendimento humanitário devido às cheias no estado.

O atendimento é realizado por telemedicina e conta já com 1.205 médicos e 581 psicólogos. Segundo Diego Albs, CEO da plataforma de telemedicina Doctor8, que ofereceu seus serviços gratuitamente durante a tragédia, desde o início das atividades do grupo já foram registradas 4.518 consultas. “Há muitos mais atendimentos, pois os médicos frequentemente atendem famílias inteiras, e esses não passam pela fila de espera”, afirmou.

Cerca de 300 médicos já ativos

Dos 1205 médicos cadastrados para atendimento voluntário, cerca de 300 realizam as consultas com frequência. “Os outros fizeram cadastro e estão aguardando nosso contato para começarem a participar do atendimento. Psicólogos, mesma coisa. Temos quase 100 psicólogos ativamente atendendo, e todos os outros estão aguardando,  participando no grupo de discussão, até começarem os atendimentos,”, afirma Albs.  “Assim que a demanda aumentar, eles serão convocados”. 

Divulgação

Um dos objetivos do grupo é atender o máximo de pessoas atingidas pelas enchentes, e para isso criaram um link para facilitar o acesso ao atendimento médico e psicólogo. “A gente quer abranger todas as cidades que foram atingidas pelas enchentes”, afirma.

O objetivo principal é aliviar as estruturas de saúde não atingidas no estado: “Claro que a gente não tem como atender muitos casos que são necessários cuidados presenciais. Mas a gente tenta aliviar um pouco os atendimentos nos postos de saúde, nos hospitais, para pegar aqueles casos mais leves que podem ser resolvidos por telemedicina”, afirma.

Voluntários de apoio

Além de médicos e psicólogos, o SOS Rio Grande do Sul abriu solicitações para voluntários de outras áreas, como profissionais de enfermagem, dentistas e assistentes sociais para triagem de pacientes. Esses profissionais colaboram com o suporte administrativo. “Colocam em ordem os pacientes que chegam e os colocam numa fila de espera, como se fosse um pronto atendimento”, explica Albs.

A partir do momento que o solicitante preenche o formulário de pedido, os voluntários iniciam a triagem, separam os casos prioritários e indicam qual a melhor especialidade, além de organizarem o retorno médico. “É transportar esse paciente neste hospital virtual que a gente criou”, explica.

“Pode ser só uma renovação de receitas, que acontece bastante. Muita gente perdeu as receitas”, afirma Diego.

Na sequência do atendimento, os voluntários de apoio fazem contato com os pacientes para conferir se o atendimento deu certo, além de orientar onde eles podem conseguir os medicamentos prescritos. “A gente tem muita informação de onde conseguir”.


Acesse o link:

Para atendimento médico ou para se voluntariar a atender, acesse o link:

www.acurabrasil.org


MPV

O SOS Saúde Rio Grande do Sul também é uma iniciativa com a participação do MPV – Médicos Pela Vida. É a segunda frente da associação no mesmo sentido.


Comentários do Facebook