Nota de repúdio à narrativa Maquiavélica

MPV: CONTRIBUIR COM O PODER PÚBLICO PARA SALVAR VIDAS!

EVENTO ON LINE DE 2020 É REUTILIZADO CAPCIOSAMENTE

REPÚDIO À NARRATIVA MAQUIAVÉLICA

Desde o início da Pandemia, as avaliações sobre o Coronavírus e as ações no combate à Covid-19 têm sido intensas. Envolvem o mundo científico, segmentos da sociedade e o poder público. Discussões oportunas e pertinentes em uma real democracia.

Nos dias de hoje, porém, qualquer iniciativa vira polêmica, tudo é motivo para acusações, distorções, jogos de cena.

No dia 8 de setembro de 2020, membros dos Médicos Pela Vida estiveram em Brasília com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, com o objetivo de contribuir nessa discussão na tentativa de reverter o quadro caótico do Brasil. Entre as proposições apresentadas constavam: reforçar a autonomia médica, recomendação do tratamento já na fase inicial da doença, individualizado e em concordância com a vontade do paciente; disponibilização de medicamentos nas farmácias populares, mutirão para tratamento de outras patologias reprimidas pela pandemia e programa de assistência pós covid 19, e  criação de comissão técnica especializada para acompanhamento dos estudos e aprovação de vacinas seguindo rigorosamente os critérios de eficácia e segurança já estabelecidos.

Não há crime, muito pelo contrário, em gestores públicos, principalmente o presidente da República, receber especialistas médicos, em plena crise sanitária, para troca de ideias, opiniões, experiências sobre um assunto da importância e gravidade como a Covid-19. É salutar e recomendável a bem dos interesses da população e da saúde. Governante que se interessa procura ouvir muito. Esse gesto não constitui a existência do que os exploradores da mídia denominam ”gabinete paralelo”. Pejorativamente. Falsamente.

Análise da Advocacia Geral da União (AGU): “Juridicamente, a participação de colaboradores eventuais se revela em um mero desdobramento da legítima participação popular no processo democrático decisório (a exemplo das Consultas Públicas que são feitas na Câmara e no Senado Federal) sobre temas relativos aos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos”, na função de colaboradores eventuais, é legalmente prevista. Acrescentamos: e moralmente também, até na Bíblia.

O tema – aquisição de vacinas – não fez parte da abordagem do encontro do grupo Médicos pela Vida e o Governo Federal seguiu a sua programação de imunização, como publicado no dia 11/09/2020 a assinatura do contrato com a Astra Zeneca pelo MS, três dias após a nossa audiência.

O que se lamenta, neste momento, é que iniciativas em prol da população, da vida humana, sirvam de pretexto para explorações maldosas e iniciativas obscuras. O evento no Palácio do Planalto foi aberto, transparente, transmitido ao vivo em 08/09/2020. No entanto, nos últimos dias, está sendo divulgado como “vazamento” sobre o encontro com o presidente Bolsonaro, e editado maldosamente para uma abordagem mentirosa, distorcida, completamente fora do contexto, o que nos dá margem a ações judiciais.

Querem transformar a versão em fato. Com que interesse? Certamente, não é o do povo brasileiro.

Ao mesmo tempo, desenvolvem uma abordagem baseada no desdém, na pecha, nas frases cunhadas, no rebaixamento do respeito. Comportamento indigno, merecedor de veemente repúdio, mas também de asco. Como pessoas são capazes de se reduzirem a tão pouco?

E o que se torna mais estarrecedor: a explícita exploração desse tema com fins políticos, apregoada, substancialmente, na CPI da Pandemia do Senado Federal. Em vez de ouvir as dificuldades, necessidades de governadores, prefeitos e gestores, entender como foram investidos e qual o destino dos recursos enviados pelo governo federal para combater a Covid-19, determinados Senadores preferem crucificar médicos. Uma clara ação de inquisição. Que detona com alguns e trata a pão de ló outros, privilegiando uma versão, uma posição, um LADO.

Os Médicos Pela Vida têm desempenhado seu papel. A iniciativa do encontro com o Presidente da República e seu conteúdo foram motivados pela premissa que nos norteia: preservar a saúde e salvar vidas. E não abrimos mão de cumprir o juramento de Hipócrates.

Querem transformar o ato de salvar vidas em ativismo político. Estão rotulando os médicos que tratam Covid -19  aos primeiros sintomas. Será que medicamento agora tem partido?

Rejeitamos a politização da Medicina, a sua invasão por interesses estranhos, a violência orquestrada contra ela. O paciente precisa do seu médico, no qual confie e por ele seja correspondido. Autonomia do Médico não é “perfumaria”, e a sociedade não pode permitir que jornalista, parlamentar, judiciário, cantor, ator ou jogador de futebol diga como o médico deve ou não tratar o seu paciente. Ou alguém propõe inverter os papéis?

Os Médicos Pela Vida estão à disposição de todos os governantes, sejam de qualquer partido e estado brasileiro, para debater as políticas públicas na área da saúde. E reafirmamos que, se for necessário, participaremos — quantas vezes forem necessárias — de encontros com objetivo, precípuo, de contribuir para as melhores ações de defender o ser humano, a saúde e salvar vidas.

É o que importa!

Médicos Pela Vida

Junho 2021

medicospelavidacovid19.com.br