No início de 2020, surgiram notícias alarmantes sobre um vírus mortal vindo da China. Imagens assustadoras de hospitais lotados e equipes médicas em trajes especiais dominaram a mídia, enquanto especialistas autoproclamados ofereciam orientações desanimadoras, limitadas a isolamento e paracetamol, e promoviam vacinas como a única solução.
A narrativa, amplamente controlada por interesses farmacêuticos, incluiu medidas controversas como bloqueios, máscaras e o uso do Remdesivir. Questionamentos eram rapidamente rotulados como “desinformação” por verificadores de fatos. Universidades, em vez de fomentar debates científicos, seguiram passivamente diretrizes alinhadas a interesses corporativos, reforçando a lealdade a essas narrativas.
Entre os mais exaltados críticos do tratamento precoce para COVID-19, destacou-se um cardiologista da USP, defensor do estudo da Lancet como prova irrefutável contra a hidroxicloroquina. Apresentando-o como um “troféu científico”, ignorou que o estudo foi desmascarado como uma grande fraude. Curiosamente, o médico, ex-editor da Revista da Associação Médica Brasileira, já havia sido associado a uma fraude científica. Além disso, ele recebeu apoio financeiro de empresas farmacêuticas por participar de estudo sobre medicamento, consultorias e palestras, levantando questões sobre conflitos de interesse.
Influenciadores digitais, como o biólogo Átila Iamarino, foram amplamente promovidos como fontes confiáveis durante a pandemia. Receberam apoio financeiro substancial enquanto defendiam confinamentos rigorosos ao estilo chinês, ridicularizavam o tratamento precoce da COVID-19 e promoviam as vacinas de RNA mensageiro, descritas como avanços quase de ficção científica.
A pandemia evidenciou a influência de interesses financeiros na ciência e a fragilidade de instituições antes vistas como pilares do pensamento crítico.
A doxa da Covid,termo utilizado pelo sociólogo francês Laurent Mucchielli é, portanto, uma narrativa que ordena o mundo e lhe dá um significado particular como a propaganda, a censura e a politização da Covid destruíram nossos fundamentos intelectuais e morais.
A promessa da narrativa capturou a imaginação de órgãos reguladores e políticos. Sua intenção era focar apenas em vacinas, excluindo todos os obstáculos que pudessem retardar sua aceitação pela comunidade. Por outro lado, médicos que ousaram desafiar essas diretrizes, tentando tratar seus pacientes, foram ridicularizados. Alguns colegas zombavam deles, enquanto outros simplesmente ignoravam suas tentativas.
A sociedade, por medo ou por pressão, seguiu fielmente o que era transmitido pela tela, mesmo que isso significasse abrir mão de suas vidas e sustento.
Era um cenário surreal. A grande mídia, os “checadores da verdade” financiados pelas gigantes farmacêuticas, especialistas televisivos, algumas sociedades médicas e as redes sociais pareciam agir em uníssono: criminalizar qualquer pessoa que ousasse questionar a narrativa oficial sobre a pandemia.
Era um tempo em que estar na praia sem máscara podia resultar em prisão. Questionar alternativas ao consenso era quase heresia. Medicamentos com potencial para tratar pacientes tornaram-se alvo de ataques implacáveis. Entre eles, a ivermectina e a hidroxicloroquina eram os alvos preferidos. Os especialistas da TV se exaltavam diante de qualquer menção ao uso da ivermectina, argumentando que era perigosa, mesmo diante de estudos que indicavam o contrário. Um artigo mostrava que a ivermectina havia sido usada em crianças com leucemia, em doses de até 10 comprimidos diários por seis meses, sem efeitos adversos significativos. Outro relatava uma tentativa de suicídio em que a paciente ingeriu 200 comprimidos de ivermectina e sobreviveu, sem sequelas.
E os dados? Ignorados. Um estudo francês com mais de 30 mil pacientes revelou que o tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina reduzia a taxa de mortalidade para 0,8%, comparado aos 4,89% entre os que não recebiam o tratamento. Mesmo com a validação judicial, os defensores das indústrias de vacinas alegaram fraude.
A pergunta que ficou no ar é inevitável: será que ignoravam os fatos intencionalmente ou por interesses ocultos? E assim, um vírus não só abalou a saúde, mas desestruturou famílias, economias e a própria confiança das pessoas no mundo ao seu redor.