Um estudo publicado na revista International Journal of Medical Sciences aponta que indivíduos vacinados contra COVID-19 apresentam 84% mais risco de necessitar diálise em até um ano após a imunização, o equivalente a quase o dobro da probabilidade de falência renal grave em comparação ao grupo não vacinado.
Realizado por pesquisadores da Chung Shan Medical University, em Taiwan, o levantamento analisou dados de mais de 2,9 milhões de adultos nos Estados Unidos, entre 2022 e 2023. Os resultados sugerem uma associação entre a vacinação e o aumento de complicações renais, em contraste com as expectativas iniciais de benefícios amplos e sem efeitos colaterais significativos.
O trabalho concentra-se em dois desfechos principais: lesão renal aguda (AKI, caracterizada pela súbita redução na capacidade dos rins de filtrar resíduos do sangue, detectada por elevação nos níveis de creatinina e ureia) e a indicação para diálise (procedimento de substituição renal que exige sessões regulares e impõe ônus significativo ao sistema de saúde). Entre os vacinados, o risco de AKI foi 20% maior, enquanto o de diálise alcançou 84%.
Metodologia: análise rigorosa e baseada em dados reais
O estudo adotou um design retrospectivo de coorte, utilizando a plataforma TriNetX, que compila registros médicos de diversas instituições americanas. Os pesquisadores selecionaram adultos com 18 anos ou mais, excluindo aqueles com histórico recente de problemas renais graves, diálise prévia ou infecção por COVID-19 durante o período de acompanhamento, para isolar o impacto da vacinação.
Os grupos foram pareados por escore de propensão (uma técnica estatística que equilibra variáveis como idades, comorbidades e uso de medicamentos que afetam os rins, como anti-hipertensivos e anti-inflamatórios. Assim, cada grupo incluiu 1,45 milhão de participantes, com acompanhamento médio de um ano ou até a ocorrência de eventos como AKI ou diálise.
Os desfechos foram confirmados por exames laboratoriais e avaliações nefrológicas. Análises estatísticas, incluindo regressão de Cox para cálculo de HRs ajustados e curvas de Kaplan-Meier para incidência cumulativa, garantiram robustez, com significância estatística definida em p < 0,05.
Por que esse estudo é confiável?
- Escala inédita: mais de 2,9 milhões de pacientes, equivalente a uma amostra maior que a população de muitas capitais brasileiras, permitindo detecção de riscos raros.
- Equilíbrio: o pareamento por escore de propensão resultou em diferenças mínimas entre grupos (medidas por desvio médio padronizado abaixo de 0,1), minimizando vieses de seleção.
- Ajustes rigorosos: considerou fatores confusores como comorbidades, medicamentos e procedimentos médicos, além de subanálises por idade, sexo, raça e tipo de vacina.
- Desfechos clínicos concretos: baseados em registros hospitalares validados, não em relatos subjetivos.
Diálise e mortalidade
O estudo também avaliou a mortalidade como desfecho secundário, encontrando uma redução marginal de 12% no risco de morte entre vacinados, com variação entre modelos de vacinas:
- Pfizer: aumentou o risco de diálise em 107% e elevou o risco de morte em 20%.
- Moderna: aumentou o risco de diálise em 215%, mas sugeriu uma redução de 18% na mortalidade.
- Janssen: não apresentou riscos renais devido à pequena mostra, com uma redução não significativa de 31% na mortalidade.
Gráfico do estudo

Comentário Editorial do MPV:
Os achados deste estudo, com sua amostra robusta de mais de 2,9 milhões de pacientes, expõem uma realidade incômoda: as vacinas contra COVID-19 oferecem uma redução marginal de 12% no risco de mortalidade, um ganho estatístico modesto que, na prática, mal altera o panorama de saúde pública, especialmente em populações adultas comorbídicas.
Curiosamente, os números absolutos mostram mais mortes nos vacinados (7.693 contra 7.364 nos não vacinados), um fato que os ajustes estatísticos do estudo tentam reverter para uma ‘proteção’ modesta de 12%. Sem a interferência de COVID-19, excluída da análise, isso levanta ainda mais dúvidas sobre o verdadeiro custo-benefício dessas vacinas.
Em contrapartida, o aumento de 84% no risco de diálise, somado a 20% de lesão renal aguda, representa um ônus grave e duradouro, com implicações para a qualidade de vida e os sistemas de saúde. Pior ainda, sub análises revelam disparidades: a Pfizer, predominante no Brasil, não só duplica o risco de diálise (107%), mas eleva em 20% a mortalidade ajustada, invertendo qualquer suposto benefício.
Este estudo é um alerta ético. No Brasil, somos o único país do mundo com a aberração de impor a vacinação obrigatória contra COVID-19 em crianças de 6 meses a 5 anos, uma medida desproporcional para um grupo de risco mínimo, onde a infecção assintomática ou leve predomina.
Rins em desenvolvimento não merecem esse experimento populacional, baseado em evidências preliminares e agendas políticas, ignorando complicações como as aqui documentadas.
Exigimos a imediata suspensão dessa obrigatoriedade infantil, a implementação de monitoramento renal pós-vacinal e investigações independentes sobre mecanismos inflamatórios subjacentes. Pais e profissionais de saúde: questionem, documentem e atuem. A ciência não é dogma, é escrutínio.
A integridade da medicina, e das novas gerações, depende disso.
Fonte
Risk of acute kidney injury and mortality in patients vaccinated against COVID-19
