A biofarmacêutica norte-americana Veru, especializada em soluções oncológicas, anunciou o resultado de seu estudo fase 3 com a Sabizabulina contra a COVID-19 em pacientes hospitalizados. Antes, o medicamento com forte ação anti-androgênica era testado pela empresa contra o câncer de próstata avançado e câncer de mama metastático.
O resultado da Sabizabulina veio de um ensaio clínico “padrão ouro” duplo-cego, randomizado e controlado por placebo que foi realizado em aproximadamente 210 pacientes hospitalizados com COVID-19. Eram pacientes com a doença em estágio entre moderado e grave, com alto risco. O resultado foi uma redução relativa do risco de morrer de 55% entre os que tomaram a medicação. O estudo ainda não foi revisado por pares.
Esta pesquisa confirma a linha de atuação da proxalutamida, medicamento também baseado na teoria androgênica, originalmente proposto contra a COVID-19 pelo cientista brasileiro Dr Flavio Cadegiani, que produziu estudos no Amazonas e no Rio Grande do Sul. Com a proxalutamida, medicamento da Kintor, uma farmacêutica da China, Cadegiani e equipe conseguiram uma redução na mortalidade de 78%, tornando-se assim a descoberta de tratamento mais eficiente do mundo para pacientes graves, internados e já necessitando de oxigênio. O estudo com a proxalutamida já foi revisado por pares e está publicado no periódico científico Cureus.
Já é a segunda confirmação da teoria no exterior
No começo de Abril, a farmacêutica Kintor havia anunciado os resultados do uso da proxalutamida, também em um estudo padrão ouro, realizado nos EUA, em pacientes ambulatoriais. Neste estudo multicêntrico, a redução de hospitalizações foram dramáticas nos pacientes que tomaram a medicação por mais de 7 dias. No grupo de tratamento, 0 de 346 (0.0%) precisaram ser internados. No grupo controle, dos pacientes que tomaram placebo, 6 de 347 (1.7%) precisaram de ser hospitalizados.
Relembre
Quando o Dr Flavio Cadegiani anunciou seus resultados, ele passou a ser atacado, de modo politizado, na grande mídia. “Estudo da ‘nova cloroquina’ de Bolsonaro tem indícios de fraude e falhas graves“, noticiou a jornalista Malu Gaspar em “O Globo”. Os ataques foram a Cadegiani e ao grupo Samel, um grupo de saúde com diversos hospitais no Amazonas que apoiou a pesquisa. Entretanto, os ataques foram claramente injustos e a justiça concedeu um direito de resposta ao grupo no jornal O Globo.
Ao mesmo tempo, nas redes sociais, divulgadores científicos como Átila Iamarino, com mais de um milhão de seguidores, chamava o estudo liderado por Cadegiani como “farsa da proxa”. Ele ridicularizava a droga chamando-a de “proxalutinha’. Devido a essa sequência de matérias desabonadoras contra o estudo, Cadegiani chegou a ser indiciado na CPI da COVID-19.
Entretanto, no exterior, o trabalho de Cadegiani, agora confirmado por dois grupos independentes de pesquisadores, já era elogiado. Na Universidade McMaster, de Ontário, no Canadá, o berço da medicina baseada em evidências, seu estudo obteve as notas mais altas entre todos os estudos de tratamentos da COVID-19. “A teoria androgênica na COVID-19 grita. Grita e gritou muito pedindo licença para salvar vidas. Por falta de aviso não foi”, desabafou Cadegiani.
“A Kintor havia se comprometido a doar literalmente milhões de comprimidos de proxalutamida, caso se confirmasse a eficácia e a segurança do medicamento, que foi o que aconteceu. Só que armaram para não deixar que oferecêssemos para salvar dezenas ou centenas de milhares de vida. É o Brasil se boicotando”, complementou.
Além disso, Cadegiani explicou que os anti-androgênicos que já perderam patentes, como a bicalutamida, também possuem o mesmo mecanismo de ação contra a pandemia. “Remédios baratos que atuam de forma parecida poderiam muito bem fazer parte do tratamento para COVID-19, e muitas vidas estariam ainda hoje aqui”, afirmou.
Comentário do MPV
Nós, do MPV – Médicos Pela Vida, confiamos plenamente na capacidade do Dr Flavio Cadegiani desde o princípio, quando produziu estudos com Nitazoxanida, Ivermectina, Hidroxicloroquina entre outros. Cadegiani é referência para todos os membros do MPV na questão científica. Suas descobertas são brilhantes e ajudaram a salvar muitas vidas. Suas orientações para nós, médicos da linha de frente, sempre foram precisas e eficientes. Mas infelizmente, devido aos ataques, a aderência geral foi baixa.
Agora nos restam perguntas: como ficam as consciências das pessoas que lutaram tanto, sem argumentos, contra o tratamento, ao verem essas confirmações independentes de fora? Conseguem imaginar quantas vidas foram perdidas por essa luta sem sentido, por ego e inveja, além de uma pitada de interesses?