Países importantes, como Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Áustria, Luxemburgo, Noruega, entre outros, completando mais 20, suspenderam, há mais de um ano, as vacinas Astrazeneca contra a COVID-19. Na prática, o que é dito com isso é que os riscos de efeitos colaterais superam os benefícios. As suspensões – já permanentes – ocorreram depois de inúmeros relatos de trombose após as vacinações.
Entretanto, no Brasil, o contrário tem ocorrido. Por aqui, o que acontece é um incentivo ao uso da Astrazeneca. Após o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (Espin), essas vacinas agora estão sendo liberadas até para a rede privada. De acordo com a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), cerca de 2 milhões de doses já estão disponíveis para faturamento. É um grande negócio. O preço deve variar entre 300 e 350 reais, segundo notícia publicada no G1, do Grupo Globo.
Brasil sem indenizações para as vítimas
A Itália, por exemplo, além da seriedade de já ter suspendido a Astrazeneca, também fez um fundo para indenizar as vítimas fatais. O fundo precisou ser estatal porque as farmacêuticas não se responsabilizam pelos seus produtos. Um dos casos é da professora Francesca Toscano, de 23 anos, morta após a inoculação. Os pais foram indenizados em 77 mil euros pela morte da filha. Ela desenvolveu trombose poucos dias após a inoculação e foi a óbito.
No Brasil, entretanto, a atitude é outra. Veja o caso da Sra. Arlene Graf, mãe de Bruno Graf. O filho foi imunizado gratuitamente na rede pública de Santa Catarina para poder se deslocar livremente à Espanha, terra da sua noiva. Dez dias após, a Sra. Arlene se preparava para enterrar o filho de 28 anos, já diagnosticado com morte encefálica. Ele sofreu um AVC hemorrágico grave em virtude de trombocitopenia trombótica autoimune.
A condição foi comprovada com amostra do sangue de Bruno e o exame anti-heparina PF4. O nexo causal foi reconhecido pela Vigilância Sanitária de Santa Catarina. O caro exame foi feito com recursos próprios. Ou seja, além de não indenizar as vítimas, no Brasil negligencia-se até a descoberta da causa da morte. Hoje, Arlene vive uma peregrinação para ser atendida por alguma esfera pública e finalmente receber a devida indenização pela perda irreparável.
Todos temos certeza que indenizações não trarão de volta a vida de Francesca ou de Bruno, mas os pais precisavam de alguma reparação. E as autoridades brasileiras? Quando deixarão de ignorar os sequelados e as vítimas fatais do experimento, algumas delas partindo muito jovens, muitos sendo arrimo de família?
Deve-se parar de coagir
No mínimo, para começar, é necessário seguir os exemplos dos países que se preocupam com a saúde de seus cidadãos e também banir Astrazeneca. Por aqui, além disso, muitas pessoas são submetidas a uma experimento vacinal por coerção de perda do emprego ou perda dos direitos fundamentais, como aconteceu na Capital do Rio de Janeiro e vários outros municípios que, sem o comprovante vacinal completo, ou seja, o passaporte vacinal em dia, o paciente era impedido de receber tratamentos no SUS.
Esse descaso é proposital ou falta de informação? Na verdade, as autoridades não podem alegar desconhecimento da relação das vacinas com vetor viral ao risco de doenças trombogênicas. Já existe inclusive uma nota técnica que prevê tais eventos, a 933/2021 do Ministério da Saúde. E tudo isso ocorrendo ao mesmo tempo que a cidade de São Paulo punia as pessoas que escolhiam as vacinas, as acusando de serem “sommeliers”, porque resolveram ouvir os médicos que já alertavam dos perigos da Astrazeneca.
A impressão que passa a qualquer cidadão é que a negligência tem nome e sobrenome: muito lucro.