Bolha de filtro, câmera de eco ideológica, são termos que descrevem fenômeno que concorre para limitar o espectro de absorção e compreensão de ideias, conceitos e formação individual de valores éticos, morais, filosóficos.
As pessoas passam a escolher e ouvir apenas determinada linha ideológica.
Não demora para que passem a acreditar que todos pensam assim.
Reforçam suas ideias acessando apenas quem diz a mesma coisa e relacionam-se exclusivamente com quem compartilha o mesmo tipo de discurso.
Não só há tendências individuais que levam a isto, mas ainda mais grave, mecanismos de busca, como Google, FaceBook, Yahoo e outros, por seus algoritmos, coletam dados de cada usuário e passam a mostrar-lhes apenas resultados e páginas que combinam com a maioria de suas preferências decorrentes de acessos anteriores, à exclusão de outros possíveis resultados.
O mesmo ocorre com jornais, sejam de papel (ou Internet) ou televisivos, de rádio.
Eles selecionam matérias e ainda as apresentam de modo ideológico, de forma que condiciona e limita o conteúdo de quem os utiliza para ficar “informado”.
Isto acentua-se a tal ponto que, realizada uma mesma pesquisa em Google, por exemplo, duas pessoas podem chegar a resultados e links inteiramente diversos.
Logo ocorrem graves distorções, cada vez mais radicais e afastadas do mundo real, bem como do senso comum da sociedade.
Isto sem falar em altas autoridades de Estado, (ou mesmo líderes de empresas), muitas vezes cercadas por toda sorte de lacaios e sicofantas, que os enchem de elogios (para ganhar aceitação e vantagens pessoais), a despeito do absurdo que muitas vezes expelem em decisões esdrúxulas, contrárias ao interesse público, e que chocam pessoas de bem.
Sábio e prudente mostra-se aquele capaz de haurir informações de diferentes fontes, aprendendo com o tempo a bem distinguir fatos de expressão ideológica ou de vontade de quem os comunica, e que evolui para formar cada vez melhor suas opiniões e decisões.
