Carta aberta dos Médicos pela Vida. Em nome da sociedade brasileira.
Endereçada ao Excelentíssimo Senhor Jair Bolsonaro Presidente Da República Federativa do Brasil.
Excelentíssimo Sr. Presidente: Estamos vivendo uma época extremamente difícil e que poderíamos estar bem melhor, caso fossem “ouvidos” os conselhos e sugestões apropriados pelo Excelentíssimo Presidente.
Seguindo suas Diretrizes já tínhamos, a essa altura, passado o pior da pandemia com muito menos infectados e mortos; e não estaríamos ainda ameaçados de outras “ondas” e instabilidades epidemiológicas da enfermidade; que estão nos ameaçando tenazmente. Piorando o quadro, o fato de nos encontrarmos na segunda colocação no ranking mundial em número de casos infectados e mortes! Além, da recessão econômica que teremos que ultrapassar. A estagnação da nossa cadeia produtiva foi um desastre anunciado. E, se nada for feito, vamos deteriorar e passar rapidamente do número de cem mil óbitos ou até mesmo supere, em muito. Uma calamidade pública previamente anunciada pelo Excelentíssimo Sr. Presidente caso não fossem tomadas as medidas sistemáticas sugeridas de contenção da pandemia, seguindo um cronograma: isolamento dos mais vulneráveis, que deveríamos ter feito; manter algumas áreas produtivas; além do uso da medicação (hidroxicloroquina) aos primeiros sinais da doença. Acreditamos, se fôssemos nesse prumo, que estaríamos muito mais tranquilos e fortes para enfrentarmos o mundo pós-Covid 19. Mas infelizmente não foi possível; no entanto se redobrarmos os nossos esforços coletivos é possível sim um vislumbre de uma Pátria Amada progredindo e ultrapassando todos esses obstáculos. Com os pulsos dos timoneiros das nossas autoridades Federais e ajuda dos brasileiros e brasileiras iremos conseguir vencer rapidamente a pandemia e voltar a crescer como País forte como sempre fomos. No entanto, para que consigamos esses objetivos, precisamos de medidas urgentes do Excelentíssimo Sr. Presidente fazendo chegar as medicações como a hidroxicloquina, azitromicina, zinco e ivermectina, gratuitamente, nas farmácias populares de todo o território Nacional. O MS/Brasil elaborou um protocolo de tratamento precoce da Covid 19 com essas medicações, basta por em prática. Disponibilizar rapidamente tais fármacos para que fiquem à disposição dos médicos brasileiros. Estamos aflitos sem podermos tratar os nossos pacientes. Os remédios não se encontram nas farmácias, em nenhum lugar, e dessa forma; como conseguir debelar tal mal? Excelentíssimo Senhor Presidente, o mundo, incluindo a nossa Nação encontramos a solução – tratar precocemente através de unidades básicas de saúde do SUS com os medicamentos que foram apontados. A doença é ambulatorial e pode ser ainda mais controlada se os agentes de saúde da assistência básica; comunidades; juntos com o pessoal técnico médico e outros profissionais do SUS assumirem esse papel no controle do tratamento ambulatorial ou mesmo domiciliar. Tomando conta dos pacientes em suas casas e eventualmente em unidades de assistência à saúde. O Excelentíssimo Sr. Presidente tomando essas altitudes alvissareiras, em questão de poucos meses os números de novos infectados e óbitos vão zerar. É o que todos queremos. E a partir desse instante não vai haver mais necessidades de hospitais e dos altos custos agregados. Esses medicamentos são fabulosos, foram e continuam sendo testados no mundo inteiro, com excelentes resultados para o tratamento e quimioprofilaxia. Tratar na fase precoce da Covid 19 e tentar evitar é o lema a ser perseguido. Depois, que a doença evolui, nas fases mais adiantadas, fica muito mais difícil reverter o quadro. E esse é o gargalo do sistema – paciente adoece com pneumonia viral; o médico não trata – muitos municípios não têm as medicações disponíveis – não se acham nas farmácias – o paciente volta para casa com apenas sintomáticos; a piora é a evolução natural da doença sem o tratamento adequado, tão logo apareçam os sintomas, e só depois de 5-7 dias, o enfermo pode voltar com piora substancial do quadro para ser internado, necessitando muitas vezes de cuidados de Unidade de Terapia Intensiva, altamente complexo, invasivo e de altas taxas de mortalidade. Será intubado e ventilado e nesses casos por um tempo não inferior a 15 dias, muitos ultrapassam os 30 dias. A taxa de letalidade nesses casos chega a ser maior que 80%. Na verdade, o uso dessa tecnologia de cuidados intensivos pode ser desnecessário, no caso se tratarmos o paciente precocemente. Todos os trabalhos mundiais apontam para esse resultado. Não é uma panacéia, mas resolve a maioria dos casos leves-moderados. Custo baixo e alta efetividade! Beneficência bem maior do que a maleficência. Nada que impeça fazer esses tratamentos em massa; inclusive a quimioprofilaxia. Excelentíssimo Sr. Presidente Jair Bolsonaro, atenda esse apelo de disponibilizar essas medicações em cada recanto desse País e testemunhe o milagre do controle quase integral da pandemia; que para os pessimistas é um sonho. Mas são de sonhos que vivem os brasileiros e brasileiras. Medicamentos seguros usados por nós médicos há mais de quarenta anos; e o que o MS/Brasil preconiza no seu protocolo são cinco dias. São seguros ainda mais porque continuam sendo testados e retestados dentro da pandemia e sempre oferecendo bons resultados; especialmente quando usados nas fases mais iniciais. A máxima em Medicina – diagnóstico e tratamento precoces. É o que funciona. Como estamos? Diagnosticando até precoce; mas o tratamento tardio. Ainda mais para piorar, infiltrações alheias a ciência que coloca médicos “apologistas” que escondidos e sem controle algum das suas atividades desonram a profissão. A prova? É só ver o comportamento do médico diante do paciente com Covid 19. Negou veementemente qualquer possibilidade de tratamento naquele instante do atendimento, mesmo que o paciente/família reafirmando as suas idas e vindas de casa para o serviço de urgência; esse “fake” médico; contra a profissão, negará todas as possibilidades de tratamento que o paciente tem direito, e, no momento, tomará duas medidas: 1 – mandar para casa um enfermo grave; sem dar nenhuma chance até mesmo do esclarecimento do que poderia ser feito em termos de medicação além do paracetamol e água. Omite dessa forma informação valiosa que poderia salvar. 2 – internar o paciente para ajudar o sistema estadual em bater a meta de número de casos internados; e o faz por necessidade (a única indicação médica); por obrigação – muitas vezes trata-se de funcionário do estado e município – ou mesmo por “parceria” – o que pode se chamar de “ideologismo” partidário criminoso.
Excelentíssimo Sr. Presidente podemos deixar que isso aconteça em vários municípios e estados do Brasil? Não são apenas achismos e sim o que podemos presenciar, conversando com os pacientes, auscultando as suas reclamações. Inúmeras; incontáveis; incontestes. Está havendo sim ações médicas ideológicas/partidárias. Uma aberração.
Excelentíssimo Sr Presidente Jair Bolsonaro, ainda quanto a hidroxicloroquina, posso dizer que tem rápida ação; e com apenas dois dias; especialmente se associada a azitromicina e zinco ajudam a debelar o quadro viral (fase de replicação viral) e que sem o uso dessas medicações o paciente da Covid 19 ficará ao sabor da sorte. O fármaco é rápido e certeiro. Inclusive com esquema, como mencionamos para ser usado para evitar que uma pessoa sã em contato com um infectado não adoeça. E é dessa forma; a única; que poderemos controlar essa pandemia. Ainda há tempo! É só disponibilizar e fazer chegar os medicamentos que o povo cura e volta a ser feliz. Excelentíssimo Sr. Presidente, a doença existe, mas a nossa determinação como sociedade constituída é maior ainda. Várias experiências no Brasil manejando essa enfermidade têm tido sucessos. Uso de mutirões em que são oferecidos os medicamentos profiláticos e para o tratamento precoce. O mesmo de consultas médicas aos pacientes. Tudo muito justo e necessários ao controle da pandemia. Excelentíssimo Sr. Presidente nos dê essa chance que vamos “arrancar” de vez, dos pulmões da Nação, esse novo coronavírus para que brasileiros e brasileiras possam respirar, enfim aliviados.
Atenciosamente 20/07/2020
Blancard Torres – Pneumologista 1978.
Doutor em Medicina UNIFESP 1988.
Professor Titular da UFPE 1994.
MÉDICOS PELA VIDA.