A situação que o Brasil enfrenta atualmente, sob a gestão da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, é alarmante e indignante. O país tornou-se uma espécie de desova para vacinas rejeitadas por nações desenvolvidas. Enquanto isso, a população é submetida a uma obrigatoriedade irresponsável e antiética, o que evidencia completa desconsideração pela saúde pública. É hora de questionarmos veementemente essa direção que está sendo seguida.
Segundo um levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo, o Brasil é o único país do mundo a obrigar a vacinação contra COVID-19 em crianças de 6 meses a 5 anos de idade. Essa obrigatoriedade é para todas as crianças, sem exceção. Enquanto isso, países com sistemas de saúde respeitados, como Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Suécia e Suíça, apenas para citar alguns exemplos, sequer recomendam vacinas COVID-19 para crianças, exceto em casos específicos de crianças com comorbidades graves e após uma avaliação médica criteriosa. Inclusive, jamais obrigando, mas apenas recomendando nestas raras situações.
A situação se torna ainda mais crítica quando consideramos que alguns desses países, em momentos anteriores, adotaram campanhas agressivas para a vacinação de crianças contra a COVID-19, mas hoje recuaram diante de novos dados científicos. O estudo da equipe de Vinay Prasad, da Universidade da Califórnia, publicado na BMJ – British Medical Journal, em dezembro de 2022, foi um divisor de águas. Este estudo concluiu que a exigência de vacinas contra a COVID-19 para jovens saudáveis pode causar mais danos do que benefícios. “Os formuladores de políticas devem revogar imediatamente a obrigatoriedade de vacina COVID-19 para jovens adultos e garantir caminhos para compensação àqueles que sofreram consequências negativas dessas políticas”, escreveram os cientistas.
Após a publicação deste estudo, países ao redor do mundo ajustaram suas políticas, abandonando a obrigatoriedade e agressividade nas campanhas de vacinação infantil. O ministro da saúde da Dinamarca, Soren Brostrom, chegou a pedir desculpas para a população por, no começo, ter recomendado vacinas COVID-19 para menores de 16 anos: “As vacinas não foram predominantemente recomendadas para o bem da criança, mas para garantir o controle da pandemia”, afirmou.
No entanto, no Brasil, o consenso científico mundial foi descaradamente ignorado. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, continua a impor essa obrigatoriedade, transformando nosso país na desova de produtos farmacêuticos rejeitados pelo mundo todo.
O cenário torna-se ainda mais feio quando percebemos que não há argumentos racionais para essa decisão. O vírus da COVID-19 que circula no Brasil é exatamente o mesmo encontrado no restante do mundo. As vacinas disponíveis no Brasil são as mesmas que poderiam ser distribuídas na Europa. O único argumento plausível para a diferença no cálculo de risco-benefício seria acreditar que as crianças brasileiras são menos predispostas aos efeitos adversos, o que seria um verdadeiro delírio. As crianças europeias e brasileiras são iguais em sua biologia e vulnerabilidades.
Além disso, os relatos de pais sendo perseguidos pelo aparato do estado por recusarem vacinar seus filhos com esses produtos são inaceitáveis. Ameaçar tomar as crianças desses pais é um absurdo que só favorece os interesses lucrativos das fabricantes de vacinas. Este tipo de coerção não só fere os princípios éticos, como também infringe os direitos das famílias e os direitos humanos.
A ministra Nísia Trindade deve explicações à sociedade. Por que o Brasil insiste em ser a exceção mundial? Por que nossas crianças são submetidas a riscos que outros países consideraram inaceitáveis? Esta insanidade não pode continuar. É hora de nossas lideranças médicas e sanitárias se atualizarem sobre as nem tão novas evidências científicas e respeitarem a saúde e o bem-estar das nossas crianças. É hora de interromper, imediatamente, essa infundada obrigatoriedade.
Ministra Nísia, o Brasil exige respostas.