“Não adianta chorar o leite derramado”, diziam nossos avós. O que nós aprendemos com essa geração de ouro? Pois bem, estamos aqui diante de uma situação nova: a pandemia da Covid-19. A todo momento recebemos milhares de novas informações, mas o que nós, médicos, podemos fazer para evitar que o bem mais precioso não seja derramado?

Nós, do grupo Médicos Pela Vida, desde o início da pandemia, estamos lutando pela vida!Estudamos, debatemos e tratamos pacientes com Covid-19 de forma imediata e integral.

Fazemos entre médicos aquilo que deveria ser feito nas universidades (ainda interditadas ou mesmo paralisadas pelo medo). O livre debate de ideias agora é exceção numa realidade tão dependente de plataformas tecnológicas vigiadas, que arbitram de maneira desconhecida o que é fake news. Porém, mesmo com toda a censura, o conhecimento não para de fluir e o manejo correto da Covid-19 vem sobressaindo: trata-se de uma doença viral que pode evoluir para uma fase imunotrombótica e isso deve ser evitado a todo custo. Como? Tratando imediatamente! Afinal, quem faz fake news? A Covid-19 tem tratamento? Com o resultado positivo o médico está autorizado a ficar estático? Está autorizado a começar o tratamento apenas quando o paciente sentir falta de ar?

Por falar neste ponto, voltemos um pouco no tempo. Em março de 2020, o então ministro da saúde Mandetta, em sua coletiva sobre o combate à Covid-19, afirmou que os pacientes com suspeita da doença deveriam procurar o hospital apenas em caso de falta de ar, para assim não colapsar o sistema de saúde. O maior problema dessa orientação (que espantosamente se mantém após quase 2 anos de pandemia) era (é) o risco dos pacientes chegarem às unidades de saúde na fase terminal, com poucas chances de reversão do quadro. Além de tudo, o colapso hospitalar e funerário não foi evitado em muitas cidades brasileiras.

Nós seguimos tratando e temos o mérito de ser o primeiro grupo no país a acrescentar a ivermectina no protocolo. Exatamente por reduzir a carga viral, como já foi demonstrado in vitro e in vivo em diversos estudos. Assim, aumentamos a chance de evitarmos a evolução para as fases moderada ou grave. Caso isso não tenha sido possível, por fatores variáveis, desde características genéticas, contato com cepa mais virulenta, a não adesão ao tratamento pelo paciente ou comorbidades graves, também tratamos as fases moderadas ou graves, porque o tratamento deve ser imediato e integral em qualquer fase. 

Enquanto isso, entidades de especialidades médicas, incluindo a Sociedade Brasileira de Infectologia, seguem um perfil burocrático e patinando, inclusive condenando a ivermectina, a hidroxicloroquina, a nitazoxanida e a colchicina para a Covid-19.

Médicos deste grupo e de tantos outros ao redor do mundo resolveram lutar pela vida com essas e outras medicações reposicionadas, e mesmo apresentando resultados sólidos, com baixo índice de internação, intubação ou desfecho para o óbito, continuamos ganhando o rótulo de “fakenews”.

Volto a repetir: quem pode dizer o que é fake news? Quem está por trás dos checadores? São médicos? São da área de saúde? Uma coisa é certa, não há transparência nesses filtros de checadores. Quem pode dizer o que é “ciência, ciência, ciência” ?

A maior contradição da ordem, o famoso “fica em casa e procure o hospital apenas em caso de falta de ar”, é o fato dos apoiadores disso gritarem por oxigênio para os mesmos pacientes. O oxigênio é um medicamento e como tal precisa ser ministrado por um médico, com dosagens e em situações corretas. O mesmo médico que está sendo afastado do debate da pandemia por aqueles que gritam “ciência, ciência, ciência”. 

O debate depende da preservação da liberdade de expressão dos dois lados para que os mesmos possam fundamentar seus argumentos com bases científicas. Orientações “cientificas”  recheadas por conflitos de interesses escusos não podem ser aceitas. O paciente é o principal interessado que esse debate ocorra e ele possa ser atendido pronta e devidamente.

Infelizmente, na atual situação, mesmo quando diagnosticado com os demorados exames complementares como o RT-PCR (para a maioria da população o resultado não sai antes de uma semana) ou o  teste “rápido” (só a partir do 8o dia de sintomas) passam a ser tratados tardiamente e aumentando os riscos de complicações. Esses exames são critérios usados por entidades médicas brasileiras. Por nós, Médicos pela Vida, não! Usamos o escore clínico, diagnosticamos, tratamos imediatamente com medicamentos reposicionados e acompanhamos o paciente, medida fundamental para o manejo da Covid-19.

Por outro lado, aqueles orientados a esperar por esses resultados que hoje sabemos que são falhos, em sua maioria, só foram receber algum tratamento quando apresentaram dispnéia. Nesse caso são “abraçados” por essas entidades médicas que “descem do muro” e permitem o tratamento, inclusive com oxigênio. Se esquecem porém da hipoxemia silenciosa, que faz o paciente dessaturar sem perceber, sem ter a sensação de dispnéia. Essa orientação, por mais incoerente que isso possa parecer, é a realidade reinante. A nosso ver isso é desassistência. E eles ainda têm a desfaçatez de tentar proibir os outros de usarem as medicações assim que desejarem para evitar o pior, quando enfim, o leite já derramou. Tentam vedar, proibir e engessar os médicos de toda forma, mas se esquecem de uma coisa: a autonomia médica conquistada por cada médico detentor do seu diploma. Também se esquecem que um dogma da medicina é, e sempre foi, o de  tratar qualquer doença aos seus primeiros sinais e sintomas. Isso não mudou! 

A favor dos médicos adeptos ao tratamento precoce, citamos a declaração de Helsinque, a qual permite, em tempos de pandemia, que médicos façam uso de medicações em comum acordo com o paciente, se isso fornecer esperança de cura, mesmo se não houver comprovação científica. Não é o caso atual. É preciso lembrar que já existem evidências robustas sim, de diversos medicamentos, após 20 meses de Covid-19. Não é à toa que a resolução 04/2020 do CFM permanece intacta.

Muitos países já adotaram oficialmente a ivermectina no controle da pandemia. Aqui, lamentavelmente, o calor político brasileiro passou a influenciar negativamente esse debate. Assim, aqueles que têm outra visão a respeito dos tratamentos passaram a ser discriminados, ridicularizados, perseguidos ou todas as opções em conjunto, como foi o caso da Dra. Mayra Pinheiro, que recebeu a alcunha pejorativa de “Capitã Cloroquina”. De forma desrespeitosa, ela e Dra Nise Yamagushi foram submetidas a diversos tipos de humilhação durante a CPI da Covid-19.

E há um fato que parece indicar que há um conflito de interesse nas entidades médicas. É a aprovação do Remdesivir pela ANVISA, uma droga de benefício duvidoso, com acentuada toxicidade e preço altíssimo. Pequeno “detalhe”: o medicamento foi rejeitado até pela OMS.

As medicações do tratamento precoce, ao contrário, quando utilizadas corretamente, mostram eficácia, e por fim, um custo-benefício satisfatório. Isso gera uma pergunta inquietante: por que se usa a OMS como referência para a não recomendação da ivermectina, e no caso do Remdesivir isso simplesmente é ignorado. Não seria “sem comprovação” ? Seriam interesses financeiros de divulgadores científicos e sociedades? Cadê os checadores neste caso? Estão dormindo ou cegos?

O pior e mais grave é que parece haver um alinhamento em direção à censura e demonização das medicações do tratamento precoce por parte de canais de televisão, redes sociais e partidos políticos, a ponto de criminalizar o uso de medicamentos de uso “milenar”, como a hidroxicloroquina, que faz parte do rol de medicações essenciais da OMS, com uso seguro inclusive em grávidas. 

A armação dos “inimigos da vida” foi ainda mais suja. Um trabalho em Manaus realizado com doses tóxicas, sabidamente iatrogênicas até para pacientes hígidos, resultou em óbitos de vários deles que já se encontravam nas fases avançadas. Enquanto isso, grupos ou mesmos médicos isolados, os Médicos Pela Vida, continuam nadando contra essa maré de hipocrisia e falta de ética, contrariando quem for, porque colocamos o paciente em primeiro lugar. Tratando imediata e precocemente,  evitamos óbitos e também as indesejadas sequelas que podem acometer qualquer sistema e incapacitar o paciente para o resto de sua vida. 

A soberania do paciente e seu direito à saúde e à vida precisam ser respeitados e preservados. Os “inimigos da vida” precisam ser desmascarados,afinal, mortes poderiam ter sido evitadas caso o tratamento imediato, o mais precoce possível tivesse sido adotado e não essa campanha insana de desesperança abatendo a população como um golpe fatal.

A pergunta correta não é se vamos tratar precoce ou tardiamente, mas se iremos tratar de forma eficaz enquanto é tempo, ou se vamos esperar as complicações previsíveis, possivelmente irreversíveis ou fatais. O que nos difere dos demais é que tratamos! Somos médicos! Tratamos de forma imediata e integral! E não, não deixamos o  leite derramar! 

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