O Médicos Pela Vida (MPV) reforça, em instâncias internacionais, a denúncia de que o Brasil é hoje o único país do mundo a manter a obrigatoriedade da vacina contra a COVID-19 em crianças de 6 meses a 5 anos. O tema foi destaque na participação do médico brasileiro Dr. Djalma Marques no IV Congresso Internacional Médico-Jurídico de Médicos por la Verdad, realizado entre os dias 17 e 19 de outubro em Pontevedra, na Galícia (Espanha).
O congresso reuniu médicos, juristas e pesquisadores comprometidos com a defesa da ética médica, da liberdade científica e dos direitos humanos. Representando o MPV, o Dr. Djalma apresentou a palestra “¿Cómo hemos librado a los niños en Brasil de la intensa persecución para vacunarlos?” (“Como livramos as crianças no Brasil da intensa perseguição para vaciná-las”).
Segundo o médico, a reação dos participantes estrangeiros foi de surpresa e incredulidade diante da política brasileira.
“Para começar, quando eu falei de COVID, eles estranharam. Quando falei de obrigatoriedade, estranharam mais ainda. Quando falei de criança, praticamente não acreditaram no início. Eles não acreditaram que era possível”, relatou Djalma.
Durante sua exposição, o médico apresentou o caso de uma decisão judicial que desconsiderou um laudo médico contrário à vacinação de uma criança, com base em informações pessoais do profissional: “O juiz justificou a obrigatoriedade da criança ser levada à força praticamente, sob coação, para vacinar, porque checando na internet a respeito da minha pessoa, encontrou que eu era uma pessoa contra a vacina. Então isso justificaria ele não aceitar o laudo”, contou.
A reação dos presentes diante do ataque à autonomia médica foi imediata. “As pessoas disseram que isso não poderia acontecer. Muita coisa que não pode acontecer, no Brasil está acontecendo”, afirmou o médico.
Isolamento internacional
O MPV vem denunciando que nenhum outro país do mundo impõe a vacinação infantil contra COVID-19 como obrigação legal. Em nações como Reino Unido, Alemanha, Suécia, Dinamarca e Suíça, a vacina sequer é oferecida para crianças saudáveis. É recomendada apenas para as poucas crianças com comorbidades, e mesmo assim mediante avaliação médica individualizada e sem obrigar.
Essas decisões foram baseadas em estudos científicos independentes que apontam baixo risco da COVID-19 para crianças saudáveis e risco aumentado de efeitos adversos relacionados à vacinação. Entre esses estudos, destaca-se a análise do professor Vinay Prasad (Universidade da Califórnia), publicada no British Medical Journal, que demonstrou que, para jovens saudáveis, os riscos superam os benefícios.
O próprio ministro da Saúde da Dinamarca, Soren Brostrom, admitiu publicamente que os efeitos adversos das vacinas foram subestimados e pediu desculpas à população. Mais recentemente, até os EUA deixaram de recomendar e igualou-se aos países europeus.
Posição do MPV
Em carta pública ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Médicos Pela Vida reiterou que o Brasil precisa alinhar suas políticas de saúde às evidências científicas e aos direitos individuais:
“O Brasil é o único país do mundo que obriga crianças a se vacinarem contra a COVID-19. Esse isolamento não tem embasamento científico e precisa ser revisto imediatamente”, diz o editorial.
O MPV defende que toda vacinação deve ser precedida de prescrição médica, leitura da bula e consentimento livre e esclarecido, especialmente quando se trata de crianças. “O senhor, ministro Alexandre Padilha, tem a chance de reverter essa política vergonhosa e devolver credibilidade à saúde pública do país”, conclui a nota.
Sobre o MPV
O Médicos Pela Vida (MPV) é uma associação formada por milhares de profissionais da saúde que atuaram na linha de frente da pandemia e seguem defendendo a ética médica, a liberdade científica e o respeito à autonomia dos pacientes.
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