O grupo Médicos Pela Vida (MPV) realiza semanalmente debates abertos ao público nas Lives “Comunica MPV”. A liberdade de opinião dos participantes é assegurada pelo grupo e pelas plataformas utilizadas, o Gettr e o site MPV. Conteúdos inéditos e importantes são gerados mesmo quando envolvem temas censurados, mas que são de interesse da comunidade médica brasileira e mundial. Não é à toa que o grupo se prepara para sediar o 2º Congresso Mundial no Brasil

Comum em quase todos países, a censura acontece em graus diferentes e o maior prejudicado é o conhecimento médico e, em última análise, os pacientes. Por isso, geramos esse relatório e alguns questionamentos a partir da 30a Live Comunica MPV. A live aqui relatada versou sobre o aumento de casos de síndromes gripais em crianças e a hepatite misteriosa, que foi motivo de alerta pela OMS em 15 de abril de 2022. O primeiro culpado apontado pelos especialistas da OMS foi o adenovírus, outrora sem significado patogênico. 

Com a independência, isenção e coragem de sempre, o grupo MPV, pioneiro no tratamento integral da Covid no Brasil e no mundo, trouxe à tona, em primeira mão, uma discussão tão polêmica com participantes escolhidos por grandes méritos ao longo da pandemia. Todos com uma missão: salvar vidas. A live contou com o testemunho de especialistas em pediatria como a Dra Luciane Berti, também especialista da área de neonatologia, o professor Edimilson Migowski, também especialista em infectologia e professor da UFRJ, e o biomédico Dr Dermeval Junior, multiespecialista e estudioso da fisiopatologia das doenças. A live contou também com o médico coordenador Jandir Loureiro, que propôs o tema abordado, além do âncora, o jornalista José Aparecido. (Clique para visualizar os currículos dos médicos).

O assunto censura foi abordado logo nos primeiros minutos. O professor Migowski relatou um episódio de retaliação na sua instituição por frustrar aqueles que repetiam o mantra: “fica em casa até sentir falta de ar”. Tal postura ultrajante ao colega só evidencia a hipocrisia daqueles que poderiam quebrar o silêncio no meio acadêmico e apoiar iniciativas que beneficiam pacientes e não uma narrativa, a de que não existe tratamento para covid. O trabalho incômodo do professor Migowski salvou muitas vidas. Ele tratou 604 pacientes com o tratamento precoce, tendo como  base a nitazoxanida, em Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. A secretaria de saúde da cidade confirma os dados. Infelizmente, a conduta foi adotada por pouco tempo e depois abandonada, seguindo assim com um aumento de casos com óbitos, tanto que o município desceu para o 27o lugar em índice de letalidade no estado. Ele também salientou a importância desse debate e que “o MPV sai na frente e pauta a medicina no nosso país”.

O Dr Jandir Loureiro fez algumas observações e também defendeu o tratamento precoce para covid com múltiplas drogas de acordo com cada fase da doença. “Medicar o paciente ao invés de mandar pra casa aumenta as chances desse ser acompanhado e receber as medicações e tratamentos das outras fases”. Destacou a ivermectina, que poderia ter sido implementada em todo país, tanto no tratamento como também na profilaxia da covid. Citou o trabalho do Vale do Itajaí da Dra Lucy Kerr com amostragem com mais de 220.000 pacientes e que demonstrou 48% de redução de mortalidade com a quimioprofilaxia. Citou também a sua experiência no SUS de Silva Jardim com casos registrados em prontuário eletrônico. A cidade do interior do estado do Rio de Janeiro ocupa o 7º lugar no estado em taxa de letalidade por covid (última atualização do SES 25.05.22). 

Dr. Loureiro acredita que os bons índices de Silva Jardim se devem ao uso do protocolo com ivermectina, até porque a cidade não contava com centro de terapia intensiva. “No auge da CPI da covid, a ivermectina foi retirada do protocolo, mas esqueceram de combinar com a população, que continuou pedindo o medicamento.” lembrou. Ele citou ainda que nenhum estudo sério mostrou hepatotoxicidade da droga. O site Livertox ligado NIH confirma isso, e que na prática, bilhões  de doses foram ministradas em todo mundo, principalmente em países da África, Ásia e Oceania, cujas populações sofrem com carência de saneamento básico e sem outras alternativas de controle de doenças infecto-parasitárias. A baixa letalidade por covid em países subsaharianos é notória (última atualização da OMS 29.05.22).

O Dr Dermeval Reis Junior também lamentou um episódio de perseguição em sua instituição por fazer questionamentos críticos. Iniciou sua participação falando que a OMS se apressou em negar a relação das hepatites com o uso das vacinas. O principal argumento da OMS e da grande mídia é que a maioria das crianças acometidas não foram “vacinadas”. Outra hipótese desestimulada pela OMS: a covid. Dr Loureiro questiona a falta interesse da comunidade médica que até hoje não exigiu acesso às necropsias das crianças acometidas pela hepatite misteriosa. A pergunta que se impõe aqui: onde estão as biópsias?

Para classificar como hepatite de origem desconhecida, devem ser investigadas causas muito além das triviais como as hepatites virais A, B, C, D e E. Em recém nascidos, a pesquisa de doenças comuns como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes reconhecidas pelo epônimo TORCH devem ser realizadas, e também do HIV. A intoxicação medicamentosa que parece que foi esquecida pela comunidade médica, também tem que ser investigada, principalmente pelo uso indiscriminado de paracetamol alertado pelos participantes da live. Dr Reis Jr apresentou  estudos que mostram que a medicação sozinha responde por 58% dos transplantes de fígado por intoxicação medicamentosa nos EUA e 20% na Inglaterra. Ele também lembrou que o uso inadvertido de paracetamol agrava ainda mais os casos de covid por reduzir os níveis de glutationa. O professor Migowski disse que questiona, há muitos anos, a orientação do uso de paracetamol para controle da febre na dengue. “A dose tóxica é muito próxima à dose terapêutica e piora nos casos de desidratação”, afirmou. Outra pergunta que se impõe: por que a recomendação de paracetamol para quadros febris continua?

A Dra Luciane Berti se tornou referência em sua cidade, Ariquemes-RO (e no seu entorno), pelo combate eficaz a covid pediátrica e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), também participou. Ela notou o aumento gradual dos quadros semelhantes a SIM-P. Na verdade, os casos chegavam sem diagnóstico firmado: crianças pequenas com RT-PCR negativo, a maioria de recém-nascidos com quadros inflamatórios com níveis altíssimos de produtos da degradação de fibrina (D-dímero) e às vezes dos marcadores hepáticos. Com o arrefecimento da Covid não só em Ariquemes, mas em todo país, Dra Berti notou, estranhamente, a persistência de casos, e pior, constatou o aumento. Através de observação clínica e leitura de artigos, ela questionou a possibilidade do shedding (ou derramamento) pelos pais dessas crianças, e passou a perguntar e anotar se os pais eram vacinados contra covid e quantas doses eles haviam recebido. Mais um questionamento a seguir: as hepatites podem ser causadas pela contaminação de crianças com as secreções dos pais? 

Na sua prática, a Dra Berti identificou um fato comum na maioria dos bebês recém-nascidos com quadros inflamatórios: os altos níveis de de IgG Anti-SARS-COV-2. A passagem via amamentação seria uma possibilidade, identificada no estudo Evaluation of Messenger RNA From COVID-19 BTN162b2 and mRNA-1273 Vaccines in Human Milk. Outra hipótese seria passagem via transplacentária desses anticorpos que são menores que o IgM, fato publicado no artigo Evaluation of transplacental transfer of mRNA vaccine products and functional antibodies during pregnancy and early infancy. Coincidentemente, a maioria dos casos eram filhos de pais vacinados e, ao contrário do que se pensa, o excesso de anticorpos circulantes não favorece o desenvolvimento da imunidade celular e sim de síndrome inflamatória, a SIM-P. Uma doença pouco conhecida, mas que parece estar relacionada a sobreposição com infecções virais. “A dengue se desenvolve de forma exuberante em filhos de vacinados”, constatou a Dra Berti. Amnuay Kebayoon  e colegas também perceberam o fato e publicaram um artigo. 

O tratamento feito pela Dra Luciane Berti envolve fármacos reposicionados como hidroxicloroquina, importante imunomodulador. Ao final da fala da médica, o jornalista José Aparecido a parabenizou pela sua coragem. A título de lembrança, o medicamento foi apresentado como promissor por institutos de pesquisa por proteger feto contra o risco de desenvolver microcefalia por zika vírus durante aquela epidemia no país, inclusive tal fato foi matéria no Jornal Nacional em 2016 e de vez em quando é compartilhado por alguém que não se conforma com a narrativa construída de que o medicamento é cardiotóxico. Essa distorção foi propagada por um artigo produzido de forma extremamente irregular, o Clorocovid em Manaus.  Com uso de doses tóxicas de cloroquina em pacientes em quadros de covid avançada, muitos evoluindo ao óbito. Incrivelmente, o estudo não foi retratado pelos autores e nem sequer retirado pela revista Jama. 

“Pelo menos as vacinas foram responsáveis pela forte queda de óbitos. Correto? Duvidoso!” Dr Loureiro trouxe a aula do especialista em bioestatística Dr Bruno Campello no 1o Congresso Médicos Pela Vida em dezembro de 2021 em Brasília (e que gerou a ementa do relatório do congresso). Ele cruzou os dados e concluiu: no 1o ano de pandemia houve uma queda gradual de mortes, fato explicado pela imunidade de rebanho, e no ano seguinte, a queda coincidiu com mudança para cepas mais leves e também com a compra dos medicamentos reposicionados antes da chegada das vacinas que ao contrário registraram novo pico de casos e óbitos. Falando ainda de imunidade natural, Dr Loureiro exibiu um estudo de Israel que mostrou que ela é superior à adquirida pelas vacinas. No caso das crianças vacinadas ou contaminadas, não poderia ser diferente. A produção de anticorpos pós-vacinais tem se mostrado pobre e pouco duradoura. Trabalhos mostram o decaimento de anticorpos na 4a dose após 4 semanas. As doses de reforço não tem se mostrado suficientes para manter os níveis de anticorpos prometidos pelos fabricantes e com a chegada da Ômicron, com cerca de 25 mutações na proteína spike, as plataformas de terapias gênicas se tornam ainda mais obsoletas, só restando a insegurança e os efeitos colaterais já esperados pelo registro norte-americano, o VAERS.

Dr Reis Jr trouxe o conceito de ADE (doença exacerbada por anticorpos). Esse fenômeno ocorre devido ao excesso de estímulo ou falha na geração de anticorpos neutralizantes. Quando se tocou no assunto pela primeira vez, houve uma celeuma por parte da imprensa e dos especialistas, que negaram que poderiam ocorrer estes fenômenos, e que sim, a imunização vacinal era de fato, muito eficiente. Esqueceram que num passado recente, tentaram fabricar vacinas para o SARS-COV-1 e o MERS-COV, sem sucesso devido ao grande índice desse fenômeno. A vacina da dengue também foi retirada do mercado após aumento de casos de dengue hemorrágica e óbitos. Por que será que acharam que plataformas com propostas semelhantes teriam nenhuma chance de ADE?

E os riscos de lesões hepáticas seriam exclusivos da população infantil?  Segundo, Dr Reis Jr, não. Na sua prática diária e ao ler estudos como de Jiang, & Mei, que demonstrou em 2021 que as plataformas de mRNA reduziam a imunidade por bloqueio do reparo do DNA colocando em risco a imunidade adaptativa. A terapia gênica afetou a recombinação  V (D) J, eficaz para bloquear o reparo no DNA de linfócitos. Isso implica também em possíveis processos oncogênicos em órgãos-alvo ou sistêmicos, ou seja, leva ao possível aumento do risco de ocorrência de câncer no vacinado. O artigo foi parcialmente retratado, porém, a hipótese de aumento de risco de carcinogênese e  imunossupressão adquirida está bem documentada em outros artigos. Um estudo, ainda em pré-print de Fohse e colegas, demonstrou em 2021 que a inoculação com BNT162b2 reduziu a síntese de IFN-γ após estimulação com o agonista de TLR7/8 R848. Netea e colegas demonstraram que a tecnologia mRNA têm a capacidade de induzir reprogramação funcional de longo prazo nas células do sistema imunológico inato ao ponto de torná-las tolerantes à infecções e permitirem respostas imunossupressoras severas. 

O outro artigo citado pelo biomédico versa exatamente sobre hepatite autoimune induzida por tecnologia mRNA BNT162b2 (Pfizer). Recém publicado, cuja versão definitiva está prevista para junho de 2022, mas o estranho é o silêncio sepulcral da mídia e dos “especialistas”. À semelhança dos estudos supracitados, esse também demonstrou redução nas vias críticas relacionadas à vigilância do câncer, do controle de infecção e homeostase celular. “Esse material genético altamente modificado, inoculado no corpo humano, se mostra cada vez menos capaz de controlar a transmissão e o adoecimento por covid, e cada vez mais causador de danos orgânicos, inclusive hepáticos” completou. 

E por fim sobram diversos questionamentos: por que será que as autoridades responsáveis pela saúde dos  brasileiros, o Ministério da Saúde e as entidades médicas, estão ignorando as reações adversas das vacinas e não estão investigando as hipóteses desses artigos científicos? 

O MPV agradece a todos participantes dessa live, em especial, a Dra Maria Betânia de Almeida, que nos bastidores forneceu importantes artigos científicos que fudamentaram o conteúdo apresentado.