Um estudo feito por cientistas da Escola de Medicina da Universidade Giresun, na Turquia, revisado por pares e publicado no periódico Clinical Nutrition ESPEN, pertencente ao European Society for Clinical Nutrition and Metabolism, revela que um componente-chave da dieta mediterrânea, conhecida como uma das mais saudáveis do mundo, possui um papel importante na redução da gravidade da infecção por COVID-19. De acordo com a pesquisa, o azeite de oliva ajudou a diminuir a gravidade das infecções virais devido às suas propriedades antioxidantes.

O estudo analisou o impacto do consumo de azeite de oliva em pacientes com COVID-19 internados em hospitais. Foram incluídos no estudo 62 pacientes hospitalizados com COVID-19 que consumiram 50 mililitros de azeite de oliva como suporte nutricional, além de tratamento com esteróides intravenosos e oxigênio. O grupo de controle consistiu em 35 pacientes com características, tratamento e quadro clínico semelhantes, mas que não receberam suporte adicional com azeite de oliva.

Redução de UTI e mortalidade

Os resultados indicaram que o consumo de azeite de oliva reduziu a taxa de mortalidade em pacientes com COVID-19. O grupo que recebeu o suporte com azeite de oliva teve uma taxa de mortalidade de 9,7%, enquanto no grupo de controle essa taxa foi de 40%. Além disso, os pacientes que receberam o suporte com azeite de oliva tiveram uma estadia hospitalar mais curta (8 dias versus 24 dias) e uma menor necessidade de internação em UTI. (17,7% versus 74,3%).

Os pesquisadores destacaram que essa descoberta pode estar relacionada com os compostos fitoquímicos e constituintes polifenólicos do azeite de oliva turco usado na pesquisa. “Pode-se concluir que o consumo de azeite é capaz de reduzir as taxas de mortalidade e é benéfico em casos de infecção por COVID-19. Este fenômeno único pode estar relacionado a compostos fitoquímicos e constituintes polifenólicos do azeite turco. Mais estudos são necessários”, afirmam os autores.

Azeite vendido no Brasil serve?

Perguntamos ao Dr Flavio Cadegiani, cientista e médico endocrinologista, se os compostos do azeite turco são encontrados nos azeites vendidos nos supermercados brasileiros. “Os extra virgens têm mais”, afirmou, fornecendo um link de referência para quem deseja se aprofundar.

Qualidade do estudo

É o primeiro estudo com azeite de oliva contra a COVID-19 que vemos. Além disso, sua qualidade não é alta. “Em princípio, o estudo tem falhas porque eles não especificaram, em tese, como obtiveram o grupo controle. Quero dizer que mesmo sendo pareado por idade eles podem ter selecionado, dentre aqueles de idade semelhante, pessoas que evoluíram pior,  ele é retrospectivo”, afirmou Cadegiani.

“Não é ‘padrão ouro’, mas não faz mal pra saúde e deveria fazer parte, a partir de agora, do tratamento. Em um mundo normal, o não-uso a partir deste momento configuraria transgressão à ética médica”, complementou.

Além disso, Cadegiani forneceu mais um estudo recente não relacionado à COVID-19, mas sobre insuficiência respiratória aguda, como suporte para a decisão de uma dieta rica em azeite de oliva para infectados da COVID-19. E no caso, é um estudo “padrão ouro”, ou seja, um randomizado e duplo cego: High-fat low-carbohydrate enteral feeding enriched with olive oil and acute respiratory failure: A double-blind, randomized, controlled trial

Aos checadores de fatos

Continuam morrendo brasileiros de COVID-19. Em março de 2023, foram 1293 óbitos no país todo. Apesar de todos já estarem anestesiados com esses números, isso é o equivalente a seis acidentes aeronáuticos com aviões lotados. É o equivalente a cinco acidentes de Brumadinho. Além dos óbitos, há um número muito maior de pessoas sofrendo, internados, no suporte de oxigênio, ou nas UTIs.

Vocês fizeram de tudo para afastar pacientes de medicamentos válidos durante toda a pandemia, como a hidroxicloroquina e a ivermectina, inventando uma “ineficácia comprovada”, sendo que os números de quem trata são imbatíveis, e devido ao perfil de segurança dos medicamentos, sempre valeu a pena na conta de risco e benefício, desde as primeiras evidências. Hoje, esses dois fármacos já possuem o nível mais alto de comprovação possível, mas vocês não conseguem mais voltar atrás.

Se vocês saírem em busca de algum especialista para falar que esse estudo do azeite de oliva “não comprova nada” por não ser uma evidência científica altíssima, vocês vão achar alguém que repita o que já dissemos aqui: que não é o nível máximo, que é observacional e nem é dos melhores observacionais já feitos. Vão achar alguém que diga que precisa esperar um grande estudo randomizado, “padrão ouro”, publicado em uma revista de “alto impacto”, ou apenas deixar o adjetivo “promissor”, sem entusiasmo, engatilhada.

Mas continua morrendo gente hoje, amanhã e depois de amanhã.

De qualquer modo, a eficácia do azeite foi alta nesse estudo, bastante alta. Se os cientistas turcos erraram muito, há uma eficácia de uns 30%. Ou seja, sendo pessimista, dá para evitar dois Brumadinhos por mês no Brasil. Historicamente, é muito difícil esse resultado do azeite ser revertido em um estudo randomizado COVID-19. Na publicação, os autores deixaram as palavras chave de praxe obrigatórias: “Mais estudos são necessários” – sim, é raríssimo um estudo ser tão conclusivo que afirme que “assim comprovamos com certeza absoluta e não são necessários mais estudos”. Sabemos que explorar isso é fácil. Mas deixaram outra palavra-chave, no título: “Milagre”. É para bons entendedores.

Nós não estamos pedindo uma autocrítica mundial do jornalismo e da checagem de fatos durante a pandemia. Também não estamos esperando um pedido de desculpas. Estamos só pedindo que deixem os médicos que querem salvar vidas receitarem o azeite em paz, salvando gente, sem serem atacados na mídia, sem serem ofendidos de “negacionistas da ciência”, “malucos”, ou coisas do gênero. O resultado disso sabemos: pacientes ofendendo médicos, pedindo suas cabeças em seus locais de trabalho, os assediando de todas as formas.

A evidência científica do azeite está aí, revisada por pares e publicada. Neste, pelo menos, não dá para achar supostos especialistas que inventem efeitos colaterais malucos, como fizeram com a ivermectina e hidroxicloroquina. Azeite todos conhecem.

Aqui, mesmo demitidos, perseguidos, difamados, indiciados, com casas invadidas pela polícia, nós não desistimos, nem vamos desistir. E não vamos nos acostumar com os mais de 1200 óbitos ainda acontecendo todos os meses, fingindo que isso é normal.

Também não estamos pedindo para que ajudem a divulgar, para que expliquem para que pacientes nos primeiros sintomas, deveriam começar a consumir azeite, algo do gênero. Sabemos que é pedir demais. Apenas pedimos para não atrapalharem. Já está bom.

Afinal, vocês já venderam vacinas o suficiente. Já deu.

Comentário MPV

1 – Concordamos com o Dr Cadegiani. Em um mundo normal, não usar esse recurso a partir de hoje configuraria transgressão à ética médica.

2 – Já dá para fazer um Kit Covid “linha vegana”. Azeite, cominho negro com mel, própolis, vitamina D, mandar o paciente tomar sol e exercícios físicos nos infectados, além de uma boa noite de sono. É mais eficaz que qualquer coisa cara vinda da big pharma. 

Fonte

Olive Oil Protection Against Covid-19 Infection. Aegean Miracle.