O professor de medicina da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma das mais bem conceituadas da América Latina, Dr Edimilson Migowski, foi homenageado no dia 28 de abril na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com a maior honraria do estado, a medalha Tiradentes. “Foi um enorme alento, acalmou meu coração e manterá calado os que se omitiram covardemente durante esse período crítico de saúde pública que atravessamos. Nada do que é humano me é indiferente”, afirmou.

Migowski tratou pessoalmente mais de 2 mil pacientes de COVID-19 usando como base a Nitazoxanida em tratamento precoce. Entre esses pacientes houve apenas dois óbitos, chegando assim a uma taxa de fatalidade de menos de 0,1% em uma doença que normalmente mata entre 1 e 2% dos infectados. Por ser professor da UFRJ, ele não cobrou pelos atendimentos. “Sou dedicação exclusiva, então não posso cobrar consulta. É trabalho voluntário. Todos foram atendidos de graça”, afirmou.

“De todos aqueles que concluíram o medicamento, tomando desde o início, não houve óbito. Os dois óbitos foram observados em pessoas que pararam com a medicação por orientação do médico do pronto socorro. Isso no segundo para o terceiro dia de tratamento”, explicou Edmilson.

Ação da UFRJ em Volta Redonda

No início da pandemia, o prefeito de Volta Redonda, cidade do interior do Rio de Janeiro, a cerca de 90 km da capital, após um acordo entre a universidade e o executivo da cidade, implantou uma central de atendimento precoce da COVID-19. Com isso, a população foi orientada a buscar atendimento nos primeiros sintomas com os medicamentos pagos pela prefeitura. Migowski foi o principal responsável médico pelo programa. “Os pacientes assinavam o termo de consentimento livre e esclarecido da conduta off label.  Ali tratei 604 pacientes. Duas internações. Zero tubo, zero óbito, zero terapia intensiva”, afirmou.

Volta por cima

A imprensa costumava atacar o Dr Migowski. Em matéria na Revista “Isto é“, de dezembro de 2021, o professor era acusado de apoiar “teses mentirosas”. Segundo a revista, isso incluía “a defesa do uso da cloroquina e de outros remédios inúteis”. Entretanto, a taxa de fatalidade de menos 0,1%, o que representa um sucesso absoluto, foi omitida da reportagem.

“Sabemos dos seus esforços ao longo dos últimos anos e temos certeza que nossa luta não é em vão”, afirmou João Migowski, seu filho e também médico.