Morreu hoje, 9 de fevereiro, no Hospital Americano de Neuilly-sur-Seine, em Paris, na França, aos 89 anos, o professor Luc Montagnier, biólogo e virologista. A informação foi confirmada pelo Dr Gérard Guillaume, um de seus colaboradores mais fiéis. Gérard contou que o professor partiu em paz, cercado por seus filhos.
Montagnier foi agraciado com o prêmio Nobel em 2008 pela descoberta do vírus da AIDS. Um editorial do jornal France Soir o descreveu como “um homem de notável inteligência, que viveu para a ciência”.
Em seu longo histórico na ciência, trabalhou em institutos importantes, como o Institut Pasteur, um dos mais bem conceituados de toda a Europa. Em sua carreira recebeu inúmeros prêmios e elogios.
No início da pandemia criticou a resposta das autoridades, a censura, e defendeu o conterrâneo Dr Didier Raoult, atacado na mídia francesa por defender o uso de hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19.
Montagnier foi um dos primeiros a apontar que o vírus não tinha origem natural. “A história que veio de um mercado de peixes é uma lenda”, afirmou. Por essa declaração o professor foi execrado pela mídia, mas hoje a tese já é aceita como provável nas mídias de massa.
Também foi o virologista que alertou o mundo: “há fragmentos do HIV no SARS-COV-2”, afirmou. E disse também que não se vacina em plena pandemia, devido a chance de criar variantes.
Após a morte e o silêncio da mídia francesa, o Jornal France Soir e a associação Bonsens.org, pediram um dia de luto:” Diante do espantoso silêncio da mídia e da classe política após a morte do professor Montagnier, o Prêmio Nobel de Medicina, a France Soir e a Bonsens, pedem um dia de luto nacional em memória deste grande cientista francês de renome internacional”.
“São 21h34 de quarta-feira e a Agência France Presse, (Mídia afiliada a um estado: França) ainda não publicou um despacho sobre o assunto. Quanto ao arquivo da Wikipedia: está bloqueado devido a ‘guerra de edição'”, reportou um usuário.
Montagnier sempre lutou por uma ciência livre, sem interferência de grandes corporações ou interferências políticas, um pecado para médicos e cientistas durante esta pandemia.
Pela coragem, integridade e por ser inspiração, nós, do MPV – Médicos Pela Vida, prestamos nossas homenagens e nos vestimos de luto pela grande perda.