O Reino Unido anunciou na última quarta-feira, dia 25 de janeiro, que deixará de oferecer doses de reforço contra o COVID-19 para pessoas com menos de 50 anos que estejam saudáveis. A decisão foi baseada na recomendação do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI).

A NEJM (New England Journal of Medicine) também recomendou contra o uso de doses de reforço em um artigo recente, o que pode ter levado o JCVI a fazer a mesma recomendação. “Acredito que devemos parar de tentar prevenir todas as infecções sintomáticas em pessoas jovens e saudáveis, reforçando-as com vacinas contendo mRNA de cepas que podem desaparecer alguns meses depois”, escreveu no periódico Paul Offit, consultor da FDA, agência regulatória dos EUA.

O Reino Unido está seguindo o exemplo da Dinamarca, que deixou de recomendar doses de reforço para pessoas com menos de 50 anos saudáveis desde setembro de 2022. Pouco antes, em agosto, a Dinamarca já havia pedido desculpas para a população por ter recomendado as vacinas para menores de 16 anos. “As vacinas não foram predominantemente recomendadas para o bem da criança, mas para garantir o controle da pandemia”, disse Soren Brostrom, chefe do Ministério da Saúde dinamarquês.

Divulgação científica no Reino Unido

O Dr John Campbell, um dos principais divulgadores científicos do Reino Unido, com 2,6 milhões de seguidores em seu canal no Youtube, criticou o comunicado de imprensa da JCVI por não falarem dos efeitos colaterais, da análise de risco e benefício e por utilizarem “linguagem positiva”, ressaltando que, a principal decisão é não vacinar mais ninguém abaixo de 50 anos.

Fonte:

UK Health Security Agency