Os autodenominados “divulgadores da ciência”, que, na verdade, são mercenários da indústria farmacêutica, agora querem proibir qualquer tratamento que não tenha “comprovação científica”. Essa visão míope e restritiva seria tão absurda que, como lembrou a colunista da Folha, Flávia Boggio, até mesmo os “Doutores da Alegria”, voluntários que se fantasiam de palhaço para levar alegria a crianças hospitalizadas com doenças graves, seriam proibidos.
Após o início da pandemia de COVID-19, os “divulgadores da ciência” entraram em cena para desacreditar qualquer tratamento para a doença, principalmente aqueles com drogas consolidadas e sem patente válida, com total cumplicidade da mídia. Eles alegavam que esses tratamentos não tinham “comprovação científica”, mas a verdade é que o problema era outro: eles não eram lucrativos para a indústria farmacêutica.
No entanto, um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, com mais de 20 mil citações, mostrou que apenas 10% dos procedimentos médicos comumente usados têm evidências científicas de alta qualidade. Isso significa que a imensa maioria dos tratamentos para COVID-19 também não tem provas sólidas de que são eficazes ou seguros.
Portanto, os argumentos dos divulgadores da ciência eram baseados em uma falácia. Eles usaram a falta de evidência científica robusta como desculpa para desacreditar tratamentos que vários médicos estavam usando com imenso sucesso para COVID, quando é sabido que a existência de evidências robustas é mais exceção que regra na medicina.
Basta ter mais de dois neurônios que fica óbvio que, em termos financeiros, nada se compara a uma vacina experimental, cara e obrigatória para toda a população mundial. Essa é a maior fonte de lucro possível para a indústria farmacêutica. Imbatível.
Diante disso, por que incentivar o tratamento imediato (que não seria precoce, pois todas as doenças são tratadas assim que diagnosticadas) com remédios baratos para uma doença que poderia render bilhões?
Sempre pensei que não faria sentido algum para um médico não empregar todos os recursos à sua mão para tratar um paciente, principalmente com o uso de drogas conhecidas e seguras, frente a uma calamidade pública.
Mas quando o radicalismo mercenário chega ao ponto de dar margem à proibição até mesmo dos Doutores da Alegria, faz-me lembrar de uma frase da Paula Schmitt, que afirmou que os que negam tratamento não o fazem por uma questão de ausência de lógica, mas fundamentalmente por falta de alma. Quem nega tratamento não é gente, muito menos “pessoa”.