Há três anos, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) passou a negar oficialmente qualquer tipo de tratamento para COVID-19. Nada prestava, era tudo charlatanismo. A grande aposta da SBI e demais “especialistas” era no protocolo fatal do Mandetta, o “fique em casa até ficar sem ar”, e a SBI resolveu que para ajudar a salvar vidas, as pessoas deveriam ter oxímetros em casa. Criou um programa chamado ALERT(AR), para incentivar o monitoramento domiciliar de oxigênio.

Enquanto chamavam de negacionistas os que estavam salvando vidas tratando os doentes, venderam a ideia desse programa para todo o Brasil. Bom, agora todos sabem que os remédios tinham muita evidência (alguns inclusive evidência de ouro como corticoide, colchicina, fluvoxamina, budesonida, corticoide venoso e oral) e o ALERT(AR) era um embuste científico.

Em abril de 2022 um RCT publicados no NEJM mostrou que programas desse tipo em nada ajudaram, e provavelmente atrapalharam, na luta pela sobrevivência na COVID.

Presunção, arrogância, desconhecimento da curva de saturação de hemoglobina (o básico em medicina), falta de estudo, desconhecimento do conceito de hipóxia feliz na COVID, vontade de lacrar com nomes engraçados e ignorância marcaram esse período negro da medicina brasileira.

Até hoje a SBI não pediu desculpas por seus erros e por seu posicionamento negacionista na pandemia e por ter errado tanto. E é o que eu sempre disse: se precisa monitorar o oxigênio do paciente, ele tem que estar no hospital, não em casa…

Tabela do estudo da New England Journal of Medicine.
As orientações da SBI.

Fonte

Pulse Oximetry for Monitoring Patients with Covid-19 at Home — A Pragmatic, Randomized Trial


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