Defender a vacina contra a COVID-19 de forma cega, ainda mais para população de baixo risco (caso adoeça) para evoluir de forma grave, não me parece correto. Na indicação de qualquer vacina/produto, sempre se deve levar em conta o risco e o benefício. Essa observação crítica norteará qualquer decisão médica.

Temos vários exemplos, e nem por isso fomos cunhados de anti vacinas. Optamos, no Brasil, tomando por base dados epidemiológicos e de segurança das vacinas, trocar a pólio atenuada pela inativada na primovacinação dos bebês, não é mesmo?

Sempre indicamos a vacina contra febre amarela para população de risco, e assim por diante.

Peço que os pediatras e hebiatras reflitam: se um milhão de adolescentes apresentasse a COVID-19 (e não fossem precocemente tratados), provavelmente apenas um seria internado. Por outro lado, se um milhão de adolescentes forem vacinados, o número de casos de miocardite e outras complicações, em muito ultrapassará os casos graves da COVID-19 nesse mesmo grupo.

Já sabemos que a vacina não impede que as pessoas adoeçam ou transmitam o vírus. É correto forçar a vacinação de crianças e adolescentes?

Encobrir os problemas evidentes que as vacinas contra a COVID-19 possuem é colocar no mesmo cesto todas as vacinas, incluindo as comprovadamente seguras e eficazes. Precisamos separar o joio do trigo ou sucumbiremos frente aos fatos e dados. Nada mais desigual que tratar com igualdade vacinas desiguais.


Atualização em 17/12/21. Houve uma polêmica com a seguinte frase: “se um milhão de adolescentes apresentasse a COVID-19 (e não fossem precocemente tratados), apenas um seria internado”. Aqui entra a questão principal. É uma estimativa. O professor Migowski tratou pessoalmente, usando nitazoxanida como base, mais de 1000 pacientes adultos com COVID-19. Não teve nenhum paciente intubado e nenhum óbito, mesmo sendo adultos e muitos deles de risco, por idade ou comorbidades. Um sucesso absoluto. Em pacientes de risco muito baixo, como são as crianças, a estimativa aumenta, por isso o número. Entretanto, na frase, houve um acréscimo por solicitação dele. Foi incluída a palavra “provavelmente”. Além disso, o professor enviou um link de um artigo científico: “Por que estamos vacinando crianças contra COVID-19?”, publicado no periódico científico Toxicology Reports, que sustenta suas preocupações sobre este debate.

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