A literatura ainda terá que se debruçar sobre as novas situações clínicas que estão surgindo e cujas denominações não refletem com clareza nem limites, a que estamos nos referindo, causando confusão para a maioria dos médicos que atendem pacientes com Covid.
Sem a pretensão de ser dono da verdade, mas trazendo um pouco mais de critério para as várias condições clínicas, proponho, para a reflexão dos colegas médicos, a avaliação da conceituação.
O termo PÓS COVID é, a meu ver, inadequado, pois se é pós não é mais COVID, portanto, ilógico. E pior, o doente ainda permanece com sinais e sintomas da COVID, portanto, COVID e não PÓS COVID. Além disso, não determina início nem fim do mesmo.
Já ao termo COVID LONGA a principal crítica é a não determinação clara de quando ela se inicia e quando termina e se termina, pois ao passar de 90 dias, a medicina já consagrou o termo, CRÔNICA, que deve ser privilegiado e empregado.
SÍNDROME PÓS-VACINAL identifica sinais e sintomas, mas somente está sendo empregado para sinais e sintomas de médio e longo prazo e não para as situações de curto e curtíssimo prazo.
Outro aspecto importante é que não devem ser os cientistas a escolher as novas nomenclaturas para estados clínicos. A meu ver, isso deve ser feito por nós médicos, em virtude da experiência no manuseio da COVID, adquirida nos dois anos de pandemia. Assim, a título de proposta sugiro:
1-COVID AGUDA – Até 14 dias de duração.
2-COVID LONGA – De 15 a 90 dias.
3-COVID CRÔNICA – Acima de 90 dias.
4-COVID VACINAL AGUDA – Reações adversas e doenças manifestadas até 90 dias da aplicação da vacina.
5-COVID VACINAL CRÔNICA – Sinais e sintomas semelhantes à COVID que se manifestam acima de 90 dias após o contato com a vacina, portanto, relacionadas às mesmas e que podemos supor e propor como etiologia.
Comentários do Facebook