Em um mundo ético (em pandemia ou não!), o uso de qualquer intervenção antes do término dos estudos clínicos em todas suas fases iria requerer um consentimento livre e (muito) bem esclarecido para sua aplicação.

Nesta questão, em tese as vacinas para COVID-19 jamais deveriam ter sido aprovadas sem a exigência dos termos de consentimento de quem as recebesse. Isso iria obrigar (teoricamente) a maior transparência das informações e obedeceria a princípios bioéticos primordiais.

“Ah, isso iria levar à hesitação vacinal e queda do número de vacinados”. Se uma única pessoa vacinada não o fizesse após conhecer os benefícios e incertezas, trata-se da demonstração irrefutável de que essa pessoa foi induzida de forma anti-ética a receber algo que ela não conhecia.

Essa é a forma correta de interpretar o que aconteceu. Qualquer outra forma de entendimento é desvio do primordial da bioética. Se você achou esse artigo “anti-vacina da COVID-19”, volte algumas casas e releia. Talvez você esteja cego.

Afinal, absolutamente todos que se vacinaram também se vacinariam mediante o conhecimento adequado que a ética requer, né? Então não há o que se preocupar quanto a esse artigo, não é? (Contém questões para reflexão).

Desenhando: trata-se de uma análise bioética de uma questão central no mundo atual. Exige uso mínimo do córtex cerebral. Concluindo, para quem vê os benefícios das vacinas diante do contexto, não veria o porque de não explicar isso para quem fosse vacinar. Entenderam?

 

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