POR: Dr. Carlos Eduardo Fonseca da Matta – Procurador de Justiça do MPSP
Algumas pessoas ao longo da vida tornam-se invejosas, mesquinhas, afloram seus mais baixos instintos.
Talvez muitos fracassos e derrotas desde crianças as tenham feito assim.
Ou talvez já tenham nascido desta forma, não podem fugir de sua verdadeira natureza.
Outras tornam-se fortes, pela disposição de enfrentar desafios, batalhas perdidas, como uma oportunidade de aprendizado.
Não há campeão que não tenha sido derrotado.
A diferença é que ele levanta-se, renova a disposição, prossegue lutando.
A vida torna alguns autoconfiantes.
Sucessivas vitórias difíceis naturalmente levam a isto.
É curioso que poucos compreendam que o que faz alguém ganhar repetidamente competições estaduais, nacionais ou mesmo internacionais, não é o fato que ele seja imensamente superior a todos os demais.
É o fato de que ele sempre esforça-se um pouco mais, procurando melhorar os aspectos e pontos em que não obteve o resultado desejado, o que o faz tornar-se assim não só melhor (do que ele mesmo era antes) no todo como competidor, como ainda aquela pessoa que não desiste, sempre prossegue lutando, desafiando e superando os limites que antes ele mesmo pensava ter.
As vitórias mais importantes não são as obtidas em competições esportivas ou intelectuais.
São aquelas que, havendo sido superadas situações humanas muito difíceis, desafiadoras, são capazes de servir para cicatrizar os músculos do coração, tornando-o ainda mais forte, sábio e humano.
Carlos Eduardo Fonseca Da Matta
Procurador de Justiça do MPSP