Publicado no NEJM o Estudo BRACE que avaliou o impacto da vacina BCG na prevenção de COVID-19. Mais um estudo desenhado para o fracasso (e com isso, favorecer as “vacinas novas”). O estudo contou com um braço brasileiro, na Fiocruz. Antes da pandemia, jamais um estudo ruim desses seria publicado.

Resumo:

A vacinação BCG-Denmark não protegeu contra COVID-19 nos 6 meses após a randomização.

Importante observar que o limite para atender à definição do estudo de COVID-19 ‘Grave’ foi baixo e incluiu doença relativamente moderada, ou seja, misturaram COVID grave e moderada no mesmo saco. Por que será que viram tão poucos casos de COVID grave né? Ai apelaram… Até “indisposição para ir trabalhar por ≥3 dias consecutivos.” foi considerado “COVID grave” nesse estudo.

Limitações graves do estudo:

Não foi possível testar o impacto do BCG no COVID-19 grave, conforme definido mais comumente nos estudos (ou seja, hospitalização ou morte), pois muito poucos participantes tiveram esses resultados (10 hospitalizações, incluindo 1 morte no grupo placebo).

O teste foi insuficiente, pois o recrutamento foi interrompido antecipadamente devido à disponibilidade antes do esperado das vacinas COVID-19, logo suscetível ao erro tipo 2. Ou seja, abandonaram o estudo. 

Estudo sem poder estatístico não é capaz de definir nada, nem a favor nem contra.

O risco ligeiramente maior de COVID-19 naqueles que receberam BCG, citado no estudo, foi devido ao acaso, o resto é suposição. Mas a única morte foi no grupo placebo.

Mais um estudo desenhado para o fracasso. Estudo desse tipo jamais seria publicado, repito, jamais, antes da pandemia. Mas hoje em dia as revistas científicas parecem revistas de storytelling.


 

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