Estudo da Pfizer diz que testosterona baixa está associada a maior gravidade de COVID-19. Estudo feito para confundir porque misturou pré com pós COVID, com autores patrocinados pela…Pfizer!

Fingiram que nossos estudos não existiram, selecionaram a bel prazer e tinham claro objetivo: refutar a teoria anti-androgênica. Aqui o estudo: Association of Male Hypogonadism With Risk of Hospitalization for COVID-19

Vamos explicar:

1 – Testosterona dosada antes da COVID-19 pode ter relação, relação inversa ou não ter relação. O único estudo que dosou antes da COVID-19 mostrou relação direta entre testosterona e gravidade é este.

2 – Ainda assim, testosterona não é o grande determinante dos androgênios em termos de determinar gravidade de COVID-19. Se fosse assim, homens  jovens seriam os que mais sofreriam.

3 – Duas coisas contam muito mais que testosterona em si: a) A proporção entre testosterona, DHT (dihidrotestosterona) e estradiol, e b) Sensibilidade aos hormônios androgênicos nos receptores androgênicos (RA).

4 – Tanto que estudos que inibiram somente a testosterona, em vez do receptor, tiveram pouco ou nenhum resultado, como o Degarelix.

5 – Testosterona medida antes e depois não deveriam ser misturadas jamais, pois já se sabe que os efeitos da COVID-19 nos hormônios são prolongados.

6 – Testosterona medida durante ou depois podem ser marcador indireto de nível de infectividade uma vez que o vírus pega as células de Leydig, produtoras de testosterona.

7 – Tanto que em inúmeros estudos que dosaram testosterona durante a hospitalização, quanto mais baixa, pior – simples: um marcador de nível de agressão do vírus.

8 – O estudo cita a enzalutamida e “esquece” de dizer que ela reduziu a mortalidade. Fizeram muito malabarismo e ultra selecionaram os artigos para “justificar”. Eles ignoraram completamente TODOS nossos estudos – simplesmente o grupo que mais publicou na área no mundo. Conveniente, né?

9 – Só para terminar, a recuperação da testosterona prevê a recuperação do COVID-19, o que significa que, obviamente, a testosterona mais baixa, mesmo após mais de 1 mês, pode significar um pior curso da doença antes. Link aqui.

Um estudo com um viés que o invalida. Mas se é para atingir um objetivo, tudo vale e grandes journals publicam sem questionar. E esse objetivo é muito claro.

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