Vacinação contra COVID aumenta em 22,5% incidência de Alzheimer, revela estudo

Resultado desastroso foi apontado em um estudo da Coréia do Sul com mais de 500 mil pessoas. Quanto ao Comprometimento Cognitivo Leve, início do Alzheimer, houve aumento de assustadores 137%.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Um estudo liderado pelo cientista Jee Hoon Roh, da Faculdade de Medicina da Universidade da Coreia, em Seul, aponta para uma associação entre a vacinação contra a COVID‑19 e o aumento de casos de Alzheimer e de seu estado pré‑clínico, o Comprometimento Cognitivo Leve (MCI). A pesquisa, revisada por pares, foi publicada no prestigiado periódico International Journal of Medicine.

O trabalho, de caráter retrospectivo e amparado por dados da Korean National Health Insurance Service, incluiu uma amostra aleatória correspondente a 50% dos residentes da capital sul‑coreana com 65 anos ou mais, totalizando 558.017 indivíduos. Os participantes foram divididos em dois grupos — vacinados e não vacinados —, considerando tanto vacinas de mRNA quanto de DNA viral. Para controle, foram avaliados também desfechos em pacientes com demência vascular e doença de Parkinson.

“Evidências preliminares sugerem uma possível ligação entre a vacinação contra a COVID-19, particularmente as vacinas de mRNA, e o aumento da incidência de doença de Alzheimer e Comprometimento Cognitivo Leve”, concluíram os cientistas.

“A tendência observada levanta questões sobre o papel das respostas imunes induzidas por vacinas em processos neurodegenerativos”.

Resultados

  • Alzheimer (AD): Indivíduos vacinados com vacina de mRNA apresentaram maior incidência de Alzheimer nos três meses seguintes à imunização, com aumento de 22,5% na chance de desenvolver a doença (OR 1,225; IC 95%: 1,025–1,464; P = 0,026) em comparação ao grupo não vacinado.
  • Comprometimento Cognitivo Leve (MCI): O mesmo grupo de mRNA exibiu aumento de 137,7% na chance de desenvolver MCI no mesmo período (OR 2,377; IC 95%: 1,845–3,064; P < 0,001).
  • Controle de outras demências: Não houve relação estatisticamente significativa entre vacinação e incidência de demência vascular ou Parkinson.

Gráfico

Explicação do gráfico: à esquerda, a incidência de comprometimento cognitivo leve. À direita, incidência de Alzheimer. O estudo acompanhou pacientes até três meses.

Forças e limitações

“A força do estudo reside em seu grande tamanho amostral e no uso do banco de dados abrangente do NHIS”, explicaram os cientistas sobre a robustez do estudo.

“A principal limitação é a curta duração do acompanhamento de até 3 meses, visto que a DA é uma doença neurodegenerativa crônica”.

Fonte

A Potential association between COVID-19 vaccination and development of Alzheimer’s disease | QJM: An International Journal of Medicine | Oxford Academic


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Redação MPV

Equipe de jornalismo do MPV - Médicos Pela Vida, uma associação médica com milhares de associados que se notabilizou no atendimento da linha de frente da COVID-19.

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