Uma repórter do Estadão, Fabiana Cambricoli, ao produzir uma reportagem sobre o MPV – Médicos Pela Vida, nos fez diversos questionamentos. Pelo menos eles quiseram ouvir o outro lado, o que é uma boa notícia. Aqui vão as perguntas e respostas públicas na íntegra:

1) Observamos que o MPV no último ano tem produzido e divulgado conteúdos contra a vacina da covid, inclusive em eventos patrocinados por empresas. Diante disso, gostaríamos de saber:

– Os principais órgãos de saúde internacionais recomendam a vacinação contra a covid como medida segura e eficaz com taxas de efeitos colaterais graves baixíssimas e classificação o conteúdo antivacina como desinformação. Gostaria de saber por que o MPV segue propagando esse tipo de conteúdo.

Nós não divulgamos conteúdos “contra as vacinas Covid-19”. Nós divulgamos estudos científicos e fatos sobre as vacinas COVID-19. Diante disso, cabe a cada leitor interpretar os dados e fatos. Obviamente, nós também temos nossa interpretação editorial.

Vamos aos exemplos:

Cleveland Clinic

Recentemente nós publicamos os resultados de um estudo feito na Cleveland Clinic, o segundo mais importante hospital do mundo. A pesquisa foi feita com mais de 50 mil funcionários da instituição, com controle e dados robustos, e concluiu que quanto mais doses das vacinas são tomadas, maior a chance de contrair o vírus. Ou seja, as vacinas fazem exatamente o contrário do que a propaganda dizia. Em um mundo normal, todas essas vacinas seriam retiradas do mercado hoje. O resultado é devastador.

É o que os dados concluem. Em cima disso, nós tivemos nossa opinião como instituição. Dissemos que essas vacinas representam o maior estelionato científico da história.

Wall Street Journal

Nossa conclusão não foi muito diferente da opinião do Wall Street Journal, o jornal de maior circulação dos EUA. Eles chamaram as vacinas bivalentes de “propaganda enganosa“. Nós publicamos sobre isso nos perguntando o motivo dos jornais brasileiros como o Estadão ainda seguirem ignorando os dados. Antes, o WSJ já havia, corretamente, questionado a segurança das bivalentes. Noticiamos isso também.

Ou seja, nós estamos publicado o que já saiu nos grandes jornais lá de fora mas não é publicado pela nossa grande mídia daqui, que decidiu alienar os brasileiros.

BMJ Journal of Medical Ethics

Outro exemplo de estudo sólido foi feito por pesos pesados da ciência, como Vinay Prasad e Kevin Bardosh, entre outros nomes importantes. Foi publicado na BMJ. Fez uma análise de risco e benefício das vacinas de reforço para jovens. Nossa manchete foi: “Passaporte vacinal para estudantes é antiético, diz BMJ“. A análise de risco e benefício mostrou que faz mais mal do que bem.

“Para prevenir uma hospitalização por COVID-19 ao longo de um período de seis meses, os pesquisadores estimaram que entre 31.207 e 42.836 adultos jovens com idades entre 18 e 29 anos precisariam receber uma terceira dose da vacina mRNA. No entanto, estima-se que as inoculações mandatórias de dose de reforço para jovens adultos podem ser mais danosas: para cada hospitalização por COVID-19 prevenida, os pesquisadores esperam pelo menos 18,5 eventos adversos graves de vacinas mRNA, incluindo de 1,5 a 4,6 casos de miocardites ou pericardites associadas à dose de reforço em homens (que geralmente requerem hospitalização)”.

Suíça deixou de recomendar

Devido a esses estudos sólidos, temos países que tomaram atitudes sérias. E nós noticiamos os fatos: a Suíça, por exemplo, deixou de recomendar as vacinas COVID-19 em abril deste ano, permitindo que os médicos administrassem as vacinas apenas em casos individuais e sob certas condições, mas assumindo o risco de responsabilidade por danos causados pela vacinação.

Nós consideramos o que a Suíça fez como correto, e nos perguntamos por qual motivo essa notícia não virou manchete nos principais jornais brasileiros, como o Estadão. É de interesse público um país importante como a Suíça deixar de recomendar vacinas para todo mundo.

Dinamarca pediu desculpas

A Dinamarca, um dos exemplos de países em respeito à sua população, em setembro de 2022, deixou de recomendar para todos com menos de 50 anos os reforços. Certamente eles acompanharam os dados. Nós noticiamos isso. Eles fizeram o correto e receberam os elogios do MPV.

Além disso, o ministro da saúde deles teve a coragem de admitir erros e pediu desculpas por ter recomendado as vacinas para menores de 16 anos. Nós noticiamos isso. O cálculo de risco e benefício não era positivo. Fez mais mal do que bem. Basicamente, ele pediu desculpas por usarem menores como escudos humanos. “As crianças também foram responsabilizadas pela saúde de seus pais e avós. Acho que isso não é razoável”, afirmou Soren Brostrom.

São diversos outros exemplos assim, todos baseados em fatos, dados, estudos e números.

“Principais órgãos de saúde internacionais”

Nós, com a pandemia, perdemos a confiança no que você chamou de “principais órgãos de saúde internacionais” e suas recomendações. Nós questionamos a captura regulatória deles. E não estamos sozinhos nisso. Traduzimos e publicamos um artigo da BMJ. “Artigo da BMJ questiona se órgãos reguladores foram comprados pela indústria farmacêutica“.

O artigo fala, sem meias palavras, o termo “corrupção institucional”, e cita o sociólogo Donald Light, da Universidade de Rowan (Nova Jersey, EUA) que passou décadas estudando a regulamentação de drogas: “Como o FDA, o TGA foi fundado para ser um instituto independente. No entanto, ser amplamente financiado por taxas de empresas cujos produtos é encarregado de avaliar, representa um conflito de interesse fundamental e um grande exemplo de corrupção institucional”

O artigo traz números de quanto dos orçamentos derivados das indústrias farmacêuticas:

Austrália (TGA): 96%
Europa (EMA): 89%
Reino Unido (MHRA) 86%
Japão (PMDA): 85%
EUA (FDA): 65%
Canadá (HC): 50,5%

Quem paga a banda escolhe a música, não é mesmo?

“A ilusão da medicina baseada em evidências”

Outro artigo da BMJ, que traduzimos alguns trechos, traz mais informações de como a indústria farmacêutica corrompe tudo: órgãos reguladores, academia, política, pesquisas e periódicos científicos.

“Os reguladores recebem financiamento da indústria e usam ensaios financiados e realizados pela indústria para aprovar medicamentos, sem, na maioria dos casos, ver os dados brutos. Que confiança temos em um sistema no qual as empresas farmacêuticas podem ‘marcar sua própria lição de casa’ em vez de ter seus produtos testados por especialistas independentes como parte de um sistema regulatório público?”, questiona o artigo.

Além disso, os autores explicam como os dissidentes são perseguidos. “Enquanto as universidades falham em corrigir deturpações da ciência de tais colaborações, os críticos da indústria enfrentam rejeições de periódicos, ameaças legais e a potencial destruição de suas carreiras”. No caso, os dissidentes somos nós.

Portanto, fica comprovado que “os principais órgãos de saúde internacionais” falharam ao recomendar a vacina experimental em massa, e também ao não interromper a medida diante das primeiras mortes. Ficou também comprovado que tal vacina – na verdade um experimento – não é “segura e eficaz”. Pelo contrário, os “efeitos colaterais graves” não são “baixíssimos”, mas muito além do razoável, não encontrando precedentes no histórico do uso de vacinas em todos os tempos. 

Por fim, a acusação imputada ao MPV  de publicar “conteúdo anti vacina” não procede, mais parecendo se confundir com uma narrativa que usa um jargão pejorativo para desqualificar uma versão do debate científico limpo. Repudiamos o rebaixamento do debate. Ao cabo, também repudiamos a acusação descabida de “desinformação” – mostrando, como exposto acima e em todas as nossas publicações, que o MPV publica informação científica de qualidade, divulga estudos científicos sólidos. Nós promovemos o debate científico sério em benefício da saúde das pessoas. Quem publica desinformação são outros setores, inclusive da imprensa financiada por interesses outros que não os da saúde e da vida.

– O 2° Congresso Médicos pela Vida, realizado no ano passado em Foz do Iguaçu, teve o patrocínio de 4 empresas: Havan, Doctor8, Biofao e Fisioquantic. Qual foi o valor pago por cada patrocinador e qual é a relação do MPV com essas empresas? Elas contribuiram com outras ações do MPV além do congresso?

Não tivemos como levantar a tempo da sua reportagem os valores corretos de quanto essas empresas pagaram pelos stands. Mas eram valores para cobrir custos de estrutura do congresso, como telões, iluminação, transmissão, entre coisas do gênero. Isso ajudou a cobrir parte dos custos, porque os médicos inscritos pagaram suas próprias despesas, além da inscrição.

– Como o MPV é financiado hoje e qual é a receita anual da organização? No congresso o mestre de cerimônias disse que mais de 40 mil empresas brasileiras já haviam contribuído com o MPV. Que tipo de contribuição é essa?

É financiado por associados, médicos e não médicos adeptos à causa, além de doações espontâneas. Sim, temos uma causa: tratar e cuidar das pessoas, além de divulgar resultados positivos de médicos do Brasil e do mundo. Mas os custos são baixos, é basicamente hospedagem do site, técnico freelance programador e ajudante de publicações. Para não ter gastos, o endereço da sede é no consultório do presidente. Sobre as 40 mil empresas, desconhecemos o assunto. Se isso foi dito, certamente foi um engano.

– Os membros do MPV costumam declarar nas lives e eventos que não têm conflitos de interesse com a “big pharma”, mas algumas das empresas patrocinadoras do congresso e que participam de lives no site da associação se aproveitam da hesitação vacinal para vender suas terapias alternativas. Isso não seria um conflito de interesse?

O MPV funciona como um órgão de mídia. Nós noticiamos e nós entrevistamos médicos, especialistas, etc. Na maioria das vezes os entrevistados não são sequer membros associados ao MPV.

Sobre seu segundo questionamento, da hesitação vacinal e terapias alternativas, precisamos deixar claro que noticiamos tudo que é benéfico para os pacientes. Por exemplo: recentemente publicamos uma notícia sobre o benefício do azeite de oliva para pessoas internadas com COVID-19. Reduziu mortes. Qual risco disso? Nós que perguntamos agora: por que a grande mídia não divulgou esses resultados? Continuam morrendo muitas pessoas com COVID-19. É simplesmente antiético não alimentar os pacientes com essa dieta. “O grupo que recebeu o suporte com azeite de oliva teve uma taxa de mortalidade de 9,7%, enquanto no grupo de controle essa taxa foi de 40%”.

Outro exemplo foi o estudo do Chile com exercícios físicos em internados com COVID-19. Reduziu mortes brutalmente em 55%. Se tivéssemos cooperação com a mídia, certamente muitas vidas seriam salvas com a implantação disso em todos os hospitais do Brasil. Mas nossa mídia fez silêncio.

– Os médicos que integram o MPV recebem algum pagamento ou remuneração da associação ou dos patrocinadores?

Não. Todos voluntários.

– Com relação à Vitamedic e Unialfa, qual é o tipo de vínculo que a associação tem hoje com essas empresas? Fomos informados que o suporte técnico da plataforma imed e a assessoria de imprensa do MPV é feita por equipe Unialfa. De que forma isso ocorre? O grupo empresarial contribuem periodicamente com a associação? Isso também não configuraria conflito de interesse pelo fato da empresa ser uma das principais produtoras da ivermectina?

Como é sabido por todos, nós, desde o começo da pandemia, fomos a favor de tratar pacientes COVID-19 com as melhores evidências científicas disponíveis. Isso funcionou. Enquanto na média nacional morreu 1 a cada 53 infectados, a média entre os médicos que trataram houve um óbito a cada cerca de 600 pacientes. Em alguns chegando em números até melhores. Nós noticiamos isso. Por que a grande mídia não contou essas experiências médicas que salvam vidas?

Preocupados com a pandemia, um grupo de pessoas, boa parte deles empresários, se reuniu para republicar em jornais o manifesto dos médicos publicado anteriormente no site do MPV. Neste manifesto nós defendemos salvar vidas com as melhores evidências disponíveis de medicamentos baratos, genéricos e sem patentes, além de outras medidas.

A Vitamedic foi uma entre as várias empresas que ajudaram na republicação de nosso manifesto, onde defendemos a hidroxicloroquina, zinco, azitromicina, que não são fabricados por eles. O manifesto também fala da ivermectina, que sim, é fabricada tanto pela Vitamedic, como por várias outras empresas, além de centenas e centenas de farmácias de manipulação, devido ao fato de não ter patentes.

Estadão sofre conflitos de interesses?

Inclusive, poderíamos indagar ao próprio Estadão, que recebeu anúncios o tempo todo de grandes indústrias farmacêuticas. Sua checagem de fatos sobre vacinas é patrocinada por… fabricantes de vacinas, como as da Janssen, conforme print. A linha editorial do Estadão é influenciada pelos seus anunciantes?

O sr. disse em outra entrevista que essa relação com empresários é intermediada pelo capitão Antonio Veneu. Qual é a relação dele com a associação?

Assim como todas as pessoas no planeta terra ficaram preocupadas com a pandemia, com medo de morrer, Antono Veneu também ficou e quis proteger a si, sua família e amigos. Ele nos conheceu, entendeu nossa proposta, conferiu nossos resultados, viu que havia uma briga insana contra tratamentos, e resolveu se engajar nessa luta para salvar vidas. A partir daí, ele buscou contatos de seus amigos, empresários, etc, que se juntaram à causa do MPV. Todos os brasileiros deveriam agradecer a ele por isso.

Sempre fizemos e continuaremos fazendo o correto. Estamos do lado certo da história. Salvamos vidas e vamos continuar salvando. Os resultados dos quais falamos foram todos devidamente comprovados. Isso é ciência.


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